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Brasil pode exportar 27 mi t de milho, estima Louis Dreyfus

Segundo a trading Louis Dreyfus Commodities, o país tem oferta e capacidade logística para exportar um volume de 27 milhões de toneladas de milho em 2015

Grãos de milho em sacos para exportação: Brasil está começando a colher uma segunda safra recorde de milho (Brent Stirton/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2015 às 18h17.

São Paulo - O Brasil tem oferta e capacidade logística para exportar um volume recorde de 27 milhões de toneladas de milho em 2015, estimou nesta terça-feira um operador sênior da trading Louis Dreyfus Commodities.

O Brasil está começando a colher uma segunda safra recorde de milho, que deve atingir mais de 50 milhões de toneladas, segundo algumas consultorias, elevando a produção total da temporada 2014/15 a mais de 80 milhões de toneladas.

Com grandes volumes de milho disponível no mercado brasileiro no segundo semestre, principalmente para exportação, deve haver forte competição por espaço nos portos com a soja, cuja exportação deverá seguir forte pelo menos até agosto.

"Em termos de capacidade, não tem esse risco para conseguir sair com 27 milhões de toneladas", disse o gerente de comercialização de milho da Louis Dreyfus no Brasil, Eric Cardoni, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2015 e 2016, realizado pela BM&FBovespa, em São Paulo.

Ele destacou que recentemente foram inaugurados novos terminais de grãos na região Norte, que ajudaram a aumentar a capacidade de embarques do país.

"Mesmo se não der para exportar (grandes quantidades de milho) em julho e agosto, porque aperta a logística, tem espaço mais para frente, novembro, dezembro, por exemplo", disse Cardoni.

A Louis Dreyfus, uma das maiores tradings de commodities agrícolas do mundo, participa do consórcio que começou a operar esse ano o novo terminal graneleiro Tegram, em São Luís (MA).

O comportamento da China e de suas políticas governamentais é a principal incerteza relacionada à demanda por milho no mercado global e, portanto, também para o produto brasileiro, destacou Cardoni.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a temporada 2015/16 deverá terminar com estoques globais do cereal de 195,2 milhões de toneladas, dos quais 90,9 milhões na China.

"Se a China continuar carregando os estoques que tem dentro do país, esse milho não estará disponível no mercado", destacou o gerente da Dreyfus.

"Mas tem um risco aí. Ninguém nessa sala sabe o que a China vai fazer", disse em apresentação no seminário.

O Brasil é o segundo maior exportador global de milho, atrás apenas dos Estados Unidos, que devem fechar a temporada 2014/15 com embarques de 46,4 milhões de toneladas, segundo o USDA.

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O Brasil está começando a colher uma segunda safra recorde de milho, que deve atingir mais de 50 milhões de toneladas, segundo algumas consultorias, elevando a produção total da temporada 2014/15 a mais de 80 milhões de toneladas.

Com grandes volumes de milho disponível no mercado brasileiro no segundo semestre, principalmente para exportação, deve haver forte competição por espaço nos portos com a soja, cuja exportação deverá seguir forte pelo menos até agosto.

"Em termos de capacidade, não tem esse risco para conseguir sair com 27 milhões de toneladas", disse o gerente de comercialização de milho da Louis Dreyfus no Brasil, Eric Cardoni, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness 2015 e 2016, realizado pela BM&FBovespa, em São Paulo.

Ele destacou que recentemente foram inaugurados novos terminais de grãos na região Norte, que ajudaram a aumentar a capacidade de embarques do país.

"Mesmo se não der para exportar (grandes quantidades de milho) em julho e agosto, porque aperta a logística, tem espaço mais para frente, novembro, dezembro, por exemplo", disse Cardoni.

A Louis Dreyfus, uma das maiores tradings de commodities agrícolas do mundo, participa do consórcio que começou a operar esse ano o novo terminal graneleiro Tegram, em São Luís (MA).

O comportamento da China e de suas políticas governamentais é a principal incerteza relacionada à demanda por milho no mercado global e, portanto, também para o produto brasileiro, destacou Cardoni.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a temporada 2015/16 deverá terminar com estoques globais do cereal de 195,2 milhões de toneladas, dos quais 90,9 milhões na China.

"Se a China continuar carregando os estoques que tem dentro do país, esse milho não estará disponível no mercado", destacou o gerente da Dreyfus.

"Mas tem um risco aí. Ninguém nessa sala sabe o que a China vai fazer", disse em apresentação no seminário.

O Brasil é o segundo maior exportador global de milho, atrás apenas dos Estados Unidos, que devem fechar a temporada 2014/15 com embarques de 46,4 milhões de toneladas, segundo o USDA.

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