Brasil perde 661 vagas de trabalho em junho, aponta Caged
País fechou o primeiro semestre com 392.461 postos com carteira assinada criados, um crescimento de 1,04 em relação ao estoque de dezembro de 2017
Reuters
Publicado em 20 de julho de 2018 às 16h29.
Última atualização em 20 de julho de 2018 às 19h38.
Brasília - O Brasil fechou 661 vagas formais de emprego em junho, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados ( Caged ) divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho, quebrando uma sequência de cinco meses de resultados positivos.
Com isso, o país terminou o primeiro semestre com 392.461 postos com carteira assinada criados, um crescimento de 1,04 em relação ao estoque de dezembro de 2017.
Para este ano, o ministério do Trabalho chegou a projetar a criação de 1.781.930 vagas formais de trabalho, considerando expansão de 3 por cento do Produto Interno Bruto ( PIB ).
Mas a estimativa oficial do próprio governo para a atividade econômica foi substancialmente reduzida a 1,6 por cento, conforme relatório de receitas e despesas publicado nesta sexta-feira, na esteira da greve de caminhoneiros que paralisou o país no fim de maio e afetou a confiança dos agentes econômicos.
Com isso, a retomada dos empregos deve ser ainda mais lenta. Isso porque, de maneira geral, o mercado de trabalho já tende a responder de maneira tardia ao ciclo econômico, tanto em momentos de desaceleração quanto de recuperação.
Em junho, sofreram fortes perdas os setores de comércio (-20.971 postos) e indústria da transformação (-20.470 vagas).
O destaque positivo veio da abertura de vagas na agropecuária, com 40.917 postos.
De acordo com o ministério do Trabalho, foram abertas 2.688 vagas de trabalho intermitente e 988 de trabalho em regime de tempo parcial no mês, possibilidades abertas pela reforma trabalhista.
Ainda segundo a pasta, houve 13.236 desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado em junho.