Brasil nega represálias em divergências comerciais com Argentina
Rio de Janeiro - O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, minimizou hoje as divergências comerciais com a Argentina e negou que o Governo pretenda tecer represálias caso se restrinja a importação de alimentos nesse país. "Não há clima para represálias. A briga entre o Brasil e a Argentina só tem consistência […]
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2010 às 14h40.
Rio de Janeiro - O assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, minimizou hoje as divergências comerciais com a Argentina e negou que o Governo pretenda tecer represálias caso se restrinja a importação de alimentos nesse país.
"Não há clima para represálias. A briga entre o Brasil e a Argentina só tem consistência no futebol", afirmou Garcia no Rio de Janeiro após participar da abertura do Fórum Brasil-União Europeia.
Ele acrescentou que Lula teve uma "calorosa reunião" em Buenos Aires com a presidente argentina, Cristina Fernández de Kirchner, na segunda-feira passada durante as celebrações do Bicentenário da independência do país.
O assessor também minimizou as declarações feitas na véspera pelo secretário de Comércio do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Welber Barral, que advertiu que o Governo pode responder com ações similares às possíveis medidas da Argentina para restringir a importação de alimentos.
Segundo vários meios de comunicação locais, a Argentina estuda restringir o ingresso em seu país de alimentos que concorram com a produção local, incluindo os procedentes de seus sócios do Mercosul (Brasil, Paraguai e Uruguai).
Tais restrições foram feitas em declarações atribuídas ao secretário de comércio interior da Argentina, Guillermo Moreno, mas até agora não foram anunciadas oficialmente.
Garcia disse que a Argentina pode atrasar a concessão de algumas formas de importação, mas isso "não configura uma guerrilha e muito menos uma guerra de posições".
"Países que têm uma relação como a que temos com a Argentina dificilmente vão enfrentar uma crise por essa situação. Por isso não há nenhuma preocupação. Isso não vai afetar as relações", assegurou.