Economia

'Brasil não pode desperdiçar uma boa crise"’, diz Barbosa

Barbosa disse que "o Brasil não pode desperdiçar uma boa crise", referência ao fato de que a forte queda do PIB pode levar o Congresso a ficar mais sensível


	Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa: declaração foi feita durante almoço no Fórum Econômico Mundial
 (Bruno Domingos/Reuters)

Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa: declaração foi feita durante almoço no Fórum Econômico Mundial (Bruno Domingos/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2016 às 09h41.

Davos - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse ontem (22) em Davos que "o Brasil não pode desperdiçar uma boa crise", uma referência ao fato de que a forte queda do Produto Interno Bruto (PIB) pode levar o Congresso a ficar mais sensível à necessidade de aprovar as reformas fiscais propostas pelo governo, especialmente a CPMF e a Desvinculação de Receitas da União.

A declaração foi feita durante almoço no Fórum Econômico Mundial.

A um público de investidores e autoridades econômicas da América Latina, Barbosa disse que dois anos seguidos de queda do PIB são um fator que pode ajudar o governo a convencer o Congresso a aprovar reformas estruturais. Um pouco mais cedo, em entrevista a um pequeno grupo de jornalistas, o ministro já havia batido na mesma tecla.

Abertura

Barbosa disse também que o Brasil "está abrindo a economia para investimentos". Ele mencionou um encontro sobre infraestrutura do qual havia participado pela manhã, onde uma das principais constatações foi de que há supercapacidade em quase todos os setores da economia global, mas com a exceção da infraestrutura, em que a oferta está aquém da demanda. Segundo ele, a forte volatilidade cambial é um risco a mais para os investidores em infraestrutura no Brasil e, por isso mesmo, é preciso uma política fiscal sólida que ajude a estabilizar a taxa de câmbio.

Perguntado sobre corrupção, Barbosa disse que confia nas instituições democráticas brasileiras, que nas últimas décadas já levaram o País a superar diversos desafios, como derrotar a hiperinflação e reduzir a pobreza e a desigualdade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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