Hidrelétrica: total gerado pelas hidrelétricas caiu 12,9% na comparação com igual mês de 2013 (Santo Antonio/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2014 às 14h58.
São Paulo - A geração de energia elétrica no país atingiu 61.372 MW médios, no acumulado de novembro até o dia 17, com queda de 2,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Os dados constam da edição semanal do InfoMercado, boletim da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Apesar de ainda liderar a geração no Sistema Interligado Nacional (SIN), com 65,1% de participação, que correspondem a 39.943 MW médios, o total gerado pelas hidrelétricas caiu 12,9% na comparação com igual mês de 2013.
Essa queda foi compensada pelas termelétricas, que produziram 27% mais, em igual base comparativa, chegando a 17.566 MW médios, o equivalente a 28,6% da geração do SIN.
Já os parques eólicos tiveram crescimento de 58% na geração em novembro, entregando 1.694 MW médios, ou 1,7% da produção total.
A tendência de queda no consumo vista nas semanas anteriores continuou.
O consumo preliminar registrado foi de 57.148 MW médios, com declínio de 6,18% frente a novembro do ano passado.
Indústria
O cenário de queda do consumo ainda é influenciado pela retração industrial e pelo patamar elevado do Preço da Liquidação das Diferenças - PLD, que se manteve no valor teto (R$ 822,83/MWh) ao longo de novembro, de acordo com a CCEE.
Esses fatores têm maior peso no mercado livre de energia elétrica, no qual o uso de energia por consumidores livres e especiais caiu 11,5% no início de novembro, contra retração de 5% no ambiente cativo.
No mercado livre de energia, em que é feito acompanhamento também por segmento de atividade dos consumidores, houve redução média de 8% nos ramos acompanhados, sendo a maior redução porcentual na indústria de bebidas (-22%) e, em termos de volume de energia, na de metalurgia e produtos de metal (-490 MW médios).
Por outro lado, houve incremento do consumo nos setores de extração de minerais não metálicos (+6%), telecomunicação (+4%), comércio e transporte (ambos com aumento de 3%).