Economia

Brasil fecha 39.282 vagas formais em setembro, diz Caged

O resultado foi pior do que o esperado. Em pesquisa Reuters, a expectativa era de que 16 mil empregos seriam encerrados no último mês.

Desemprego: No acumulado do ano, a economia brasileira já perdeu 683.597 empregos formais (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Desemprego: No acumulado do ano, a economia brasileira já perdeu 683.597 empregos formais (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 16h28.

Última atualização em 26 de outubro de 2016 às 17h50.

São Paulo - O Brasil fechou 39.282 vagas formais de emprego em setembro, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta quarta-feira, muito pior que o esperado por analistas, afetado pelo mau desempenho nos setores de construção civil e serviços.

Em pesquisa Reuters, a expectativa era de que 16 mil empregos seriam encerrados no último mês, conforme mediana das expectativas.

No acumulado do ano até setembro, a economia brasileira já perdeu 683.597 empregos formais, acumulando em 12 meses perdas líquidas de 1.599.733 vagas, em meio ao cenário de recessão econômica do país.

Por setores, o pior resultado do emprego em setembro foi observado na construção civil (fechamento líquido de 27.591 postos). Na sequência, vieram o setor de serviços (-15.141 postos) e agricultura (-8.198).

Na contramão, a indústria de transformação e o comércio apresentaram criação líquida de vagas formais, com a abertura de 9.363 e 3.940 postos, respectivamente.

Região

Os dados regionalizados do Caged mostraram que o pior resultado em setembro foi observado no Sudeste, com a destruição de 63.521 postos formais. O Centro-Oeste registrou a perda de 5.374 vagas e o Norte de 1.042 postos.

O Nordeste (29.520) e o Sul (1.135) tiveram abertura de vagas.

Segundo o dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego subiu para 11,8 por cento no trimestre encerrado em agosto.

Acompanhe tudo sobre:CagedDesempregoeconomia-brasileira

Mais de Economia

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal

Campos Neto: Piora nas previsões de inflação não é culpa de 'malvados da Faria Lima'