Brasil é um dos países que mais dificultam comércio global
País ficou na 86ª posição entre 138 economias avaliadas pelo Fórum Econômico Mundial em relatório de "facilitação" do comércio internacional
João Pedro Caleiro
Publicado em 1 de abril de 2014 às 16h08.
São Paulo - Sob a liderança do brasileiro Roberto Azevêdo, a Organização Mundial do Comércio ( OMC ) celebrou no final do ano passado seu primeiro acordo comercial em uma geração.
Além de poder injetar até 1 trilhão de dólares na economia mundial, estima a organização, o "pacote de Bali" recomenda medidas para azeitar o comércio internacional.
É neste cenário que o Fórum Econômico Mundial divulga a edição 2014 do seu "Enabling Trade Report".
Publicado a cada dois anos, ele mede como cada país facilita ou complica o comércio internacional - seja pela maior ou menor abertura (através de tarifas, por exemplo) - ou de forma prática, através de infraestrutura e logística.
São levados em conta quatro fatores: acesso a mercados, administração da fronteira, infraestrutura e ambiente de operações. Foram avaliadas 138 economias responsáveis por 98,8% do PIB mundial.
Ranking
Singapura lidera o ranking, seguida de Hong Kong, Holanda, Nova Zelândia e Finlândia. Dos 20 países no primeiro lugar, 17 são economias avançadas, mas chama a atenção do Chile no 8º lugar.
O Brasil ficou na 86ª posição, atrás de países como Nicarágua, Arábia Saudita, Namíbia e Azerbaijão.
Em termos de acesso a mercados, ficamos em 110º lugar - na frente de Japão, China e Rússia.
Na eficiência e transparência da administração da fronteira, o país fica no 80º lugar. Nossa melhor posição é em 60º, no ranking de infraestrutura.
Cenário
De acordo com o relatório, a performance do Brasil deixa grande espaço para melhora: o acesso a mercados é mais baixo que a média sul-americana e a infraestrutura é de pouca qualidade e não consegue integrar os diferentes meios de transporte.
Eles destacam que o uso de tecnologia da informação é uma das vantagens competitivas do país, mas que o "ambiente operacional continua sendo caracterizado por altos níveis de corrupção e regulações governamentais complicadas."
A OMC estima que facilitar o comércio internacional aumentaria o PIB brasileiro em 0,37% até 2020.
Na lista dos fatores mais problemáticos para quem quer exportar, lidera de longe o item "altos custos e atrasos causados pelo transporte doméstico". Em seguida vem o "acesso a insumos importados a preços competitivos" e "habilidades e tecnologia de produção inapropriadas".
Entre os fatores mais problemáticos para quem quer importar, dividem a liderança as respostas "tarifas", "procedimentos de importação pesados" e "o alto custo e atrasados causados pelo transporte doméstico".
São Paulo - Sob a liderança do brasileiro Roberto Azevêdo, a Organização Mundial do Comércio ( OMC ) celebrou no final do ano passado seu primeiro acordo comercial em uma geração.
Além de poder injetar até 1 trilhão de dólares na economia mundial, estima a organização, o "pacote de Bali" recomenda medidas para azeitar o comércio internacional.
É neste cenário que o Fórum Econômico Mundial divulga a edição 2014 do seu "Enabling Trade Report".
Publicado a cada dois anos, ele mede como cada país facilita ou complica o comércio internacional - seja pela maior ou menor abertura (através de tarifas, por exemplo) - ou de forma prática, através de infraestrutura e logística.
São levados em conta quatro fatores: acesso a mercados, administração da fronteira, infraestrutura e ambiente de operações. Foram avaliadas 138 economias responsáveis por 98,8% do PIB mundial.
Ranking
Singapura lidera o ranking, seguida de Hong Kong, Holanda, Nova Zelândia e Finlândia. Dos 20 países no primeiro lugar, 17 são economias avançadas, mas chama a atenção do Chile no 8º lugar.
O Brasil ficou na 86ª posição, atrás de países como Nicarágua, Arábia Saudita, Namíbia e Azerbaijão.
Em termos de acesso a mercados, ficamos em 110º lugar - na frente de Japão, China e Rússia.
Na eficiência e transparência da administração da fronteira, o país fica no 80º lugar. Nossa melhor posição é em 60º, no ranking de infraestrutura.
Cenário
De acordo com o relatório, a performance do Brasil deixa grande espaço para melhora: o acesso a mercados é mais baixo que a média sul-americana e a infraestrutura é de pouca qualidade e não consegue integrar os diferentes meios de transporte.
Eles destacam que o uso de tecnologia da informação é uma das vantagens competitivas do país, mas que o "ambiente operacional continua sendo caracterizado por altos níveis de corrupção e regulações governamentais complicadas."
A OMC estima que facilitar o comércio internacional aumentaria o PIB brasileiro em 0,37% até 2020.
Na lista dos fatores mais problemáticos para quem quer exportar, lidera de longe o item "altos custos e atrasos causados pelo transporte doméstico". Em seguida vem o "acesso a insumos importados a preços competitivos" e "habilidades e tecnologia de produção inapropriadas".
Entre os fatores mais problemáticos para quem quer importar, dividem a liderança as respostas "tarifas", "procedimentos de importação pesados" e "o alto custo e atrasados causados pelo transporte doméstico".