Economia

Brasil e Rússia podem ter forte recuperação em 2015

Economias do Brasil e da Rússia podem recuperar-se rapidamente com a ajuda de mudanças na política econômica


	Economia: no Brasil, a reeleição apertada da presidente Dilma Rousseff em outubro causou distúrbios no mercado
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Economia: no Brasil, a reeleição apertada da presidente Dilma Rousseff em outubro causou distúrbios no mercado (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2014 às 12h38.

Londres - As economias do Brasil e da Rússia podem recuperar-se rapidamente com a ajuda de mudanças na política econômica, embora a ameaça de mais sanções contra Moscou continue presente, disse o experiente gestor de fundos Mark Mobius nesta quinta-feira.

No Brasil, a reeleição apertada da presidente Dilma Rousseff em outubro causou distúrbios no mercado, em função de dúvidas acerca de sua capacidade de reduzir o déficit fiscal e controlar a inflação.

Petróleo e gás respondem por dois terços das exportações da Rússia e o país foi duramente atingido pela queda de 40 por cento dos preços do petróleo, além de sanções impostas por potências ocidentais devido à crise na Ucrânia.

"Acreditamos que tanto a Rússia quanto o Brasil têm os recursos para se recuperarem fortemente caso adotem políticas mais apropriadas", escreveu Mobius no relatório de perspectivas do fundo de investimento em mercados emergentes da Templeton para 2015.

"Particularmente em relação à Rússia, muito risco já foi descontado em precificações excepcionalmente baixas, tomando como referência os dados do fim de dezembro. Mas a falta de disposição do governo russo de relaxar sua postura em relação à Ucrânia pode gerar mais sanções, que resultariam em um ambiente negativo para investidores", acrescentou.

Mobius administra mais de 3 bilhões de dólares em seu principal fundo de ativos de mercados emergentes. Entre os cinco ativos mais presentes em seu portfólio estão os bancos brasileiros Itaú e Bradesco. Mobius espera que as reformas atualmente em andamento em muitos países elevem o crescimento econômico em mercados emergentes globais a taxas confortavelmente mais altas do que a expansão de economias de países desenvolvidos.

Ele acrescentou que investidores foram incapazes de reconhecer tendências positivas nos preços baixos de ações de mercados emergentes, que, de maneira geral, têm sido negociadas em patamares mais baixos do que seus pares desenvolvidos.

"Mesmo após os recentes ralis em alguns mercados emergentes, eles ainda parecem relativamente atrativos para nós em relação à tendência histórica, particularmente se levarmos em conta os rendimentos muito baixos de bônus e taxas de juros pequenas para poupadores".

Acompanhe tudo sobre:Ásiaeconomia-brasileiraEuropaPolítica monetáriaRússia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto