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Brasil deverá captar mais recursos externos

Brasília - O Brasil deverá fazer novas captações externas no segundo semestre, afirmou hoje (28) o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Ele não descartou uma emissão de títulos públicos em reais no exterior, o que não ocorre desde junho de 2007. O anúncio foi feito um dia depois da captação de US$ 825 milhões no […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O Brasil deverá fazer novas captações externas no segundo semestre, afirmou hoje (28) o secretário do Tesouro, Arno Augustin. Ele não descartou uma emissão de títulos públicos em reais no exterior, o que não ocorre desde junho de 2007. O anúncio foi feito um dia depois da captação de US$ 825 milhões no mercado internacional com a menor taxa de juros da história.

Segundo o secretário, o mais provável é que a captação seja feita em papéis mais longos que os títulos emitidos ontem, que têm prazo de dez anos. "Fizemos uma excelente emissão ontem e pretendemos mesclar os títulos que lançamos no exterior com vários tipos de papéis."

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Para Augustin, a taxa de juros de 4,547% ao ano obtida na emissão de ontem reflete a confiança dos investidores estrangeiros na economia brasileira. "Os juros representam o reconhecimento dos fundamentos fiscais do Brasil, que muitas vezes não chegam a ser valorizados dentro do país."

Por meio dos títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores indicam menor grau de dúvida de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida. Outro sinal de confiança ocorre quando o país deixa de lançar títulos em dólares e emite papéis em moeda local no exterior, como nas emissões em reais.

De acordo com o Tesouro, a emissão foi qualitativa porque o governo já tem quase todos os dólares de que precisa para pagar os vencimentos da dívida externa neste ano, estimados em cerca de US$ 7 bilhões. O lançamento do título com vencimento em dez anos, segundo o Ministério da Fazenda, serviu para aproveitar as melhores condições do mercado para reduzir o custo e melhorar o perfil da dívida externa.

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