Economia

Brasil decidirá em setembro se prorroga acordo com FMI

A prorrogação de um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) será analisada em setembro, afirmou o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Para ele, a discussão do assunto ainda é prematura e lembrou que a missão do FMI está no país para verificar o cumprimento das metas fixadas até junho e que o Fundo colocará […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h47.

A prorrogação de um acordo com o FMI (Fundo Monetário Internacional) será analisada em setembro, afirmou o ministro do Planejamento, Guido Mantega. Para ele, a discussão do assunto ainda é prematura e lembrou que a missão do FMI está no país para verificar o cumprimento das metas fixadas até junho e que o Fundo colocará à disposição do Brasil, em meados de agosto, a penúltima parcela do programa, de US$ 31 bilhões. A última revisão do acordo está prevista para o início de novembro e, após essa eventual aprovação, o FMI disponibilizará ao país outros US$ 7,9 bilhões.

Segundo Mantega, a missão analisará se o governo está cumprindo os termos estabelecidos no acordo e encontrará uma situação "muito boa", com cumprimento de superávit primário, equilíbrio fiscal e inflação sob controle. "A cada vez que eles vêm, eles encontram o panorama ainda melhor", disse. Se a revisão for aprovada, o governo brasileiro terá direito a uma nova parcela de US$ 4,265 bilhões do empréstimo.

O FMI disse estar disposto a apoiar o governo se houver a necessidade de prorrogar o atual acordo. O anúncio foi feito pelo chefe da missão do fundo, Jorge Marquez-Ruarte. Ele se encontrou com o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy. "Ainda, não falamos sobre um novo acordo e é preciso esperar o que o governo quer fazer antes disso", afirmou Marquez-Ruarte. A missão deverá deixar Brasília na próxima sexta-feira. "É o governo que tem que decidir o que fazer. Estamos sempre dispostos a apoiar o que o governo quiser fazer", disse Marquez-Ruarte ao deixar a Fazenda, onde esteve reunido com técnicos do Tesouro Nacional.

O principal parâmetro da revisão é o superávit primário que está sendo cumprido com folga (a meta é de 4,25% do PIB). O superávit primário é a diferença entre receitas e despesas, sem considerar os juros. E no acordo com o FMI está previsto um valor de R$ 31,4 bilhões para o primeiro semestre. Até maio, este valor já era de R$ 36 bilhões _mais de R$ 5 bilhões acima do necessário.

Nesta terça-feira (29/7), às 11 horas, será a vez do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, receber a missão do organismo internacional.

Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) que se encontram no Brasil em missão oficial para avaliar o cumprimento dos termos do acordo firmado com o Brasil, no ano passado, estiveram hoje no Banco Central com o chefe do Departamento Econômico, Altamir Lopes. Foram avaliados todos os números relativos ao desempenho das contas externas e cumprimento das metas de inflação. Às 11h de amanhã (29), a missão será recebida pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Plano Real, 30 anos: Gustavo Franco e o combate à doença da hiperinflação

FMI reduz previsão de crescimento do PIB dos EUA

Lula diz que Galípolo ‘tem condição’ de presidir BC, mas que decisão será feita com o Senado

Brasil tem queda de 23 mil novos postos de trabalho em relação ao ano passado, após enchentes do RS

Mais na Exame