Brasil e Argentina querem aumentar comércio e lançam fundo
São Paulo - Brasil e Argentina querem incrementar o comércio bilateral enquanto economias avançadas ainda se recuperam da crise global, afirmaram nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e seu parceiro argentino, Amado Boudou. Após reunião em São Paulo, os ministros também anunciaram a criação de um fundo de investimento em torno de 100 […]
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2010 às 14h58.
São Paulo - Brasil e Argentina querem incrementar o comércio bilateral enquanto economias avançadas ainda se recuperam da crise global, afirmaram nesta quinta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e seu parceiro argentino, Amado Boudou.
Após reunião em São Paulo, os ministros também anunciaram a criação de um fundo de investimento em torno de 100 milhões de dólares para financiar empresas de tecnologia de ponta na Argentina. Os detalhes, no entanto, ainda não foram acertados.
"Ambos os países estão indo muito bem, superamos a crise internacional... Isso implica que há uma recomposição da nossa relação comercial, os volumes voltam aos patamares de antes da crise", disse Mantega a jornalistas.
"Agora há um descompasso de crescimento... os países avançados estão crescendo menos. Os dois países (Brasil e Argentina) estão diminuindo o saldo comercial. Então, ao invés de vazar esse dinamismo do nosso mercado local para os países avançados, temos que aproveitar melhor nossos mercados."
Também presente à reunião, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, disse que o fundo de investimento terá recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco de la Nación e do banco Bice, mas os valores serão acertados em outras reuniões bilaterais.
"Esse fundo vai ajudar empresas argentinas ou investimentos brasileiros na Argentina... ele ajuda o Brasil a ter uma relação maior com o Mercosul e ajuda empresas brasileiras a se estabelecer na Argentina", afirmou Miguel Jorge, acrescentando que o fundo deve estar operacional em dois meses.