Economia

Caged: Brasil cria 394,9 mil vagas com carteira assinada em outubro

O resultado é o melhor para o mês de outubro desde 1992, início da série histórica da pesquisa

 (Lucas Landau/Reuters)

(Lucas Landau/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 26 de novembro de 2020 às 10h58.

Última atualização em 26 de novembro de 2020 às 11h46.

O saldo entre contratações e demissões no mercado formal de trabalho no Brasil ficou positivo em 394.989 em outubro, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados nesta quinta-feira pelo Ministério da Economia.

O resultado é o melhor para o mês de outubro desde 1992, início da série histórica da pesquisa. O número veio melhor que o projetado por analistas do mercado financeiro, que previam abertura de 220 mil vagas.

Com o dado de outubro, o país completa quatro meses seguidos de geração líquida de postos de trabalho. O ritmo de contratações acelerou em relação ao registrado em setembro, quando 313,5 mil empregos com carteira foram criados, descontadas as dispensas.

Apesar da sequência de dados positivos, o saldo acumulado do ano ainda é de perda de 171.139 postos, número influenciado principalmente pelas demissões registradas entre abril e maio.

Em comunicado, o Ministério da Economia afirmou que o resultado até outubro, embora negativo, é melhor que os registrados em 2015 e em 2016, quando o país estava em recessão.

 

 

Na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Brasil deve fechar o ano com uma perda de 300 mil vagas.

Nas últimas declarações em público, Guedes, tem mencionado os dados do Caged para afirmar que a atividade econômica está passando por uma recuperação rápida, após os piores meses da crise econômica causada pelo surto do novo coronavírus.

As informações do cadastro, no entanto, refletem apenas o movimento no mercado formal de trabalho, com base em dados repassados pelas empresas ao governo. O balanço não capta a movimentação entre os informais.

Segundo os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, a taxa de desemprego bateu recorde e chegou a 14,4% no trimestre encerrado em agosto. De acordo com o levantamento, que considera trabalhadores por conta própria e sem carteira assinada, 13,8 milhões de brasileiros estão em busca de emprego.

Acompanhe tudo sobre:CagedDesempregoEmpregosMinistério da Economia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor