Economia

Brasil à espera de uma nova alta da taxa básica de juros

Em abril, preocupado com a inflação, o Banco Central aumentou em 0,25 pontos a taxa básica de juros a 7,5% anuais, na primeira alta desde julho de 2011


	O Banco Central divulgará na quarta-feira sua decisão sobre a taxa de juros, horas depois de ser divulgado o resultado do PIB do primeiro trimestre do ano
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O Banco Central divulgará na quarta-feira sua decisão sobre a taxa de juros, horas depois de ser divulgado o resultado do PIB do primeiro trimestre do ano (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2013 às 19h53.

O Banco Central iniciou, nesta terça-feira, uma reunião de dois dias para definir uma nova alta da taxa básica de juros e tentar conter a inflação, com as expectativas do mercado divididas entre uma alta de 0,25 pontos percentuais ou um movimento mais ousado, de alta de 0,50, elevando a taxa atual a 8% ao ano.

"É uma reunião dividida: se o Banco Central optará pelo aumento de 0,25 pontos percentuais, diante da evidência de que a inflação não caiu como o esperado e (da) expansão de gastos do governo, ou se levará em conta o cenário externo e o impacto de uma desaceleração chinesa", disse à AFP o diretor de gestão da sociedade de corretagem Ativa, Arnaldo Curvello.

Em abril, preocupado com a inflação, o Banco Central aumentou em 0,25 pontos a taxa básica de juros a 7,5% anuais, na primeira alta desde julho de 2011.

Um ciclo de cortes para estimular o investimento levou a taxa a seu menor nível histórico, de 7,25%.

Após uma inflação de 0,55% em abril, ainda elevada, o acumulado em 12 meses caiu a 6,49%, ainda muito próximo do limite da meta oficial de 6,5%.

O Banco Central divulgará na quarta-feira sua decisão sobre a taxa de juros, horas depois de ser divulgado o resultado do PIB do primeiro trimestre do ano. O governo se empenhou para impulsionar esse crescimento a mais de 3%, após um moderado 0,9% de alta em 2012.

O mercado espera uma alta de 0,8% ou 0,9% do PIB no primeiro trimestre, em relação ao último trimestre de 2012, explicou Curvello.

Essa pode ser a maior alta do PIB desde que a presidente Dilma Rousseff chegou ao poder em janeiro de 2011.

Ainda assim, o mercado estima que o PIB não crescerá mais que 2,9% este ano.

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasIndicadores econômicosInflaçãoJurosSelic

Mais de Economia

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Lula afirma ter interesse em conversar com China sobre projeto Novas Rotas da Seda

Lula diz que ainda vai decidir nome de sucessor de Campos Neto para o BC

Banco Central aprimora regras de segurança do Pix; veja o que muda

Mais na Exame