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Bradesco: Crise na Argentina pode ter impacto no Brasil, mas risco é baixo

Apesar de os dois países estarem próximos e ligados, os economistas do banco apontam que entre eles há diferenças econômicas importantes

Temer e Macri: ao contrário da Argentina, o Brasil, segundo o Bradesco, tem uma situação "muito confortável" nas contas externas (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2018 às 08h35.

São Paulo - A crise Argentina pode ter impactos para a economia brasileira, mas com "efeitos e dimensões bastante limitados", avaliaram na última quarta-feira, 9, os economistas do Bradesco, ressaltando que os dois países têm diferenças econômicas importantes.

"O risco de um contágio financeiro para o Brasil nos parece extremamente baixo", ressalta relatório assinado pelos analistas Constantin Jancsó e Andrea Bastos Damico.

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Ao contrário da Argentina, o Brasil, segundo o Bradesco, tem uma situação "muito confortável" nas contas externas, com déficit próximo de zero, além de ter investimento externo direto de US$ 65 bilhões, reservas internacionais de US$ 380 bilhões, cinco vezes superior à dívida externa do governo (US$ 70 bilhões) e ausência de dívida local indexada ao dólar.

No país vizinho, o déficit da conta corrente bate em 5% do PIB, a dívida externa é 70% em dólar e as reservas líquidas estão na casa dos US$ 30 bilhões.

Outra diferença importante é a inflação, que no Brasil está abaixo da meta do Banco Central, enquanto na Argentina deve chegar perto de 20% este ano.

"Apesar dos desafios fiscais de médio prazo[NO BRASIL], no curto prazo, as contas públicas não oferecem risco à economia diante da vigência do teto dos gastos, da redução do gasto público, dos subsídios e do crédito direcionado", ressaltam os analistas. "Logo, é muito improvável que os eventos recentes na Argentina possam ter algum impacto duradouro na economia brasileira."

Os dois países, porém, são grandes parceiros comerciais. A Argentina é o terceiro destino mais relevante das exportações brasileiras no mundo, atrás apenas de China e EUA, mesmo assim, impacto da crise tende a ser baixo.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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