Economia

Desentendimento entre Maia e Guedes é natural, diz Bolsonaro

Nesta semana, Guedes acusou Maia de ter feito um acordo com a esquerda para travar propostas de privatizações do governo

Rodrigo Maia; Paulo Guedes (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Rodrigo Maia; Paulo Guedes (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de outubro de 2020 às 12h13.

Última atualização em 2 de outubro de 2020 às 12h16.

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira, 2, que o desentendimento do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, é algo "natural". "Eu não tenho problema com Rodrigo Maia e nem com Paulo Guedes. O que temos, às vezes, é desentendimento, que é natural. Quer uma coisa e Rodrigo não quer, Paulo Guedes quer uma coisa e eu não quero. Isso é natural", acrescentou Bolsonaro.

Questionado por um apoiador sobre a relação do deputado e do ministro, Bolsonaro desconversou e disse para a pergunta ser feita diretamente aos envolvidos. "Pergunta para o Paulo Guedes. Pergunta para o Rodrigo Maia. Gostou da resposta?", disse.

Nesta semana, Guedes acusou Maia de ter feito um acordo com a esquerda para travar propostas de privatizações do governo. O presidente da Câmara rebateu dizendo que o ministro estava "desequilibrado".

Reeleição 

Em conversa com apoiadores nesta sexta-feira, 2, Bolsonaro disse não saber se será candidato à reeleição em 2022. Em tom irônico, o chefe do Executivo disse que quem critica seu governo terá "excelentes opções" de voto nas próximas disputas eleitorais e citou os ex-presidenciáveis Fernando Haddad, Ciro Gomes e Marina Silva.

Apesar da fala, Bolsonaro afirmou em seguida que "tem muita gente boa no Brasil". "Tem muita gente melhor do que eu por aí", comentou. No início da semana, o presidente rebateu críticas de que estaria usando o programa Renda Cidadã, ainda em estudo, para garantir sua reeleição.

"Minha crescente popularidade importuna adversários e grande parte da imprensa, que rotulam qualquer ação minha como eleitoreira. Se nada faço, sou omisso. Se faço, estou pensando em 2022", disse na segunda-feira, 28. O chefe do Executivo ressaltou na ocasião que durante toda sua carreira política nunca se preocupou com reeleição.

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