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Bolsa oscila entre altas e baixas após recorde histórico

Às 11h45, o Ibovespa caía 0,23 por cento, a 91.350,87 pontos. O giro financeiro somava 3 bilhões de reais

Bovespa: bolsa oscila na sexta-feira (Paulo Whitaker/Reuters)
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Reuters

Publicado em 4 de janeiro de 2019 às 12h09.

São Paulo - A bolsa brasileira oscilava entre baixas e altas nesta sexta-feira, em pregão marcado por realizações de lucros após o principal índice acionário bater recordes de fechamento, com agentes do mercado digerindo a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre uma reforma da Previdência com idade mínima mais baixa, enquanto no exterior prevalecia um tom mais positivo.

Às 11h45, o Ibovespa caía 0,23 por cento, a 91.350,87 pontos. O giro financeiro somava 3 bilhões de reais. O índice chegou a subir 0,38 no melhor momento da sessão, renovando máxima intradia a 91.630,17 pontos. Na mínima, caiu 0,5 por cento.

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O indicador começou 2019 com máximas históricas em meio a perspectivas favoráveis para a economia brasileira e para o novo governo do país.

Na quinta-feira, o principal índice da B3 descolou-se da aversão a risco lá fora e terminou cotado a 91.596,28 pontos, renovando o então recorde de fechamento de 91.012,31 pontos no primeiro pregão do ano.

"Como teve dois dias de alta foguete aqui, o mercado está realizando (lucros)", observou o diretor da corretora Mirae, Pablo Spyer, ressaltando o foco de investidores nas declarações do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe econômica.

Em entrevista ao SBT na véspera, Bolsonaro sinalizou que cogita uma proposta de reforma da Previdência com idade mínima de 62 anos para homens e 57 para mulheres, de maneira gradativa. O presidente afirmou ainda que pretende aproveitar a reforma da Previdência que já está na Câmara dos Deputados e que não quer fazer maldade com o povo.

"O mercado ficou com a impressão de que a reforma pode ser mais aguada que a apresentada pelo presidente anterior, o Temer... E obviamente todas as falas do presidente agora terão repercussão no mercado", explicou Spyer.

No cenário internacional, prevalecia nesta sexta-feira um tom mais positivo após perdas pesadas, com o anúncio do governo chinês de nova rodada de negociações comerciais com Washington trazendo alívio ao investidor. Contudo os índices futuros em Wall Street reduziam os ganhos após indicadores de emprego dos EUA

Destaques

- USIMINAS PNA subia 4,6 por cento, registrando o melhor desempenho do Ibovespa, em movimento alinhado ao de siderúrgicas no exterior, na esteira do avanço dos preços do aço na China. Ainda no setor, GERDAU PN avançava 2 por cento e CSN ON ganhava 2,8 por cento.

- VALE ON valorizava-se 3 por cento, entre as principais influências positivas do índice, após a cotação do minério de ferro atingir máxima em mais de dois meses na China com otimismo sobre a demanda.

- PETROBRAS PN exibia estabilidade e PETROBRAS ON subia 0,5 por cento, revertendo as perdas observadas mais cedo, de carona na alta dos preços do petróleo no mercado internacional e tendo como pano de fundo a posse do novo presidente da petrolífera de controle estatal, Roberto Castello Branco.

- TAESA UNIT ganhava 3,7 por cento, depois que os acionistas da elétrica aprovaram a aquisição de ativos de transmissão de energia da Âmbar, controlada pela holding J&F, em negócio orçado em mais de 940 milhões de reais.

- ITAÚ UNIBANCO cedia 1,6 por cento e BRADESCO PN recuava 0,9 por cento, pesando sobre o Ibovespa, dado o peso desses papeis em sua composição. BANCO DO BRASIL ON caía 0,9 por cento e SANTANDER UNIT perdia 0,7 por cento.

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