Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 13 de maio de 2024 às 08h37.
Última atualização em 27 de maio de 2024 às 08h47.
Os analistas de mercado consultados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 13, elevaram a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 pela segunda semana consecutiva, de 3,64% para 3,66%.
O índice é a pricipal referência para medir a inflação brasileira e a nova revisão para cima confirma a desancoragem de expectativas após mudança das metas fiscais, englobando um menor rigor com as contas públicas.
Na última quarta-feira, o BC reduziu o ritmo de corte de juros para 0,25 ponto percentual, para 10,5% ao ano.
Os diretores do BC não sinalizaram se manterão o ritmo de cortes nas próximas reuniões. No mercado, a dúvida é quando o ciclo de queda se encerrará. A certeza é de que esse ciclo será menor do que o projetado antes.
Os economistas também revisaram as projeções do IPCA para 2024, da Selic para 2024 e 2026, além do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024.
O IPCA de 2024 subiu de 3,72% para 3,76% pela primeira semana. Um mês antes, a mediana era de 3,71%. Considerando as 68 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou para 3,74%.
Para 2025, que também está no foco da política monetária, a projeção subiu de 3,64% para 3,66%. Um mês antes, a mediana era de 3,56%. As projeções para 2026 e 2027 permaneceram em 3,50%, mesmo nível dos últimos boletins.
A mediana das projeções para o PIB deste ano subiu pela segunda semana consecutiva de 2,05% para 2,09%. Um mês antes, a projeção era de 1,95%.
A projeção para 2025 foi mantida em 2% pela 22ª semana seguida, assim como a de 2026 se manteve em 2% pela 40ª semana.
As projeções para a taxa básica de juros, a Selic, foram revisadas. Para 2024, economistas, que antes projetavam 9,63%, revisaram para 9,75%.
Na projeção de 2025, os economistas mantiveram a taxa em 9% pela terceira semana. Já em 2026, a Selic passou de 8,75% para 9%.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram as expectativas para o dólar pela terceira semana consecutiva: R$ 5 (2024), R$ 5,05 (2025) e R$ 5,10 (2026).