BoJ não precisa de medida adicional, diz Sato
O membro do conselho de política monetária do banco alegou que a decisão poderia paralisar os esforços do BoJ para acabar com a deflação
Da Redação
Publicado em 4 de dezembro de 2013 às 06h50.
Hakodate, Japão - O membro do conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Takehiro Sato, minimizou a necessidade de medidas de flexibilização adicionais, alegando que essa decisão poderia paralisar os esforços do BoJ para acabar com a deflação.
"As medidas de flexibilização adicionais, se forem adotadas, podem ser contraproducentes em termos de mudança da expectativa das pessoas", afirmou Sato em uma reunião com líderes empresariais em Hakodate.
Os comentários foram feitos em meio a crescente especulação nos mercados financeiros de que o BOJ poderia adotar medidas adicionais no próximo ano.
Os investidores esperam que o banco central japonês lance novas medidas de estímulo, se o BOJ revisar para baixo as suas previsões de preços e de crescimento, após o aumento do imposto sobre vendas previsto para abril de 2014.
Sato, porém, rejeitou essa teoria, afirmando que "o banco central não precisará lançar medidas de flexibilização adicionais preventivamente", desde que os efeitos do aumento do imposto sobre vendas sejam temporários e dentro das projeções do BoJ.
O membro do BoJ ressaltou que a autoridade monetária japonesa está adotando uma "postura esperar para ver" para monitorar cuidadosamente a forma como os seus efeitos políticos sem precedentes permeiam na economia.
Além disso, Sato sugeriu que uma maior flexibilização pode ser justificada apenas se os riscos descendentes crescerem, se referindo aos riscos que ocorrem com pouca frequência, mas que têm um impacto amplo sobre a economia global, como no caso da crise financeira global de 2008. O membro do BoJ ainda disse que não é possível manter a política de flexibilização atual para sempre.
Sato expressou abertamente dúvidas em relação à meta do banco central de estabilizar a inflação em 2%.
"É quase impossível manter a taxa de inflação estável em 2% de maneira precisa", disse Sato , acrescentando que a meta de inflação deve ser considerada como flexível."Parece pouco realista esperar que os preços continuem subindo significativamente acima de 1%", completou.
Durante o encontro, o membro do BoJ ainda alertou que o aumento constante nos salários poderia causar uma alta na taxa de desemprego e disse que estava observando cuidadosamente as futuras negociações da dívida dos Estados Unidos como um fator de risco.
Enquanto a maioria do conselho de administração política do Japão aprovou o mais recente relatório prevendo que o índice de preços ao consumidor deve atingir cerca de 2% até o final de março de 2016, Sato propôs modificar a expressão e dizer que a inflação estaria próximos dos 2% neste período. Na época, ele também sugeriu mudar a perspectiva de risco para a economia de "equilibrada" para "um pouco inclinada para o lado negativo."
Hakodate, Japão - O membro do conselho de política monetária do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Takehiro Sato, minimizou a necessidade de medidas de flexibilização adicionais, alegando que essa decisão poderia paralisar os esforços do BoJ para acabar com a deflação.
"As medidas de flexibilização adicionais, se forem adotadas, podem ser contraproducentes em termos de mudança da expectativa das pessoas", afirmou Sato em uma reunião com líderes empresariais em Hakodate.
Os comentários foram feitos em meio a crescente especulação nos mercados financeiros de que o BOJ poderia adotar medidas adicionais no próximo ano.
Os investidores esperam que o banco central japonês lance novas medidas de estímulo, se o BOJ revisar para baixo as suas previsões de preços e de crescimento, após o aumento do imposto sobre vendas previsto para abril de 2014.
Sato, porém, rejeitou essa teoria, afirmando que "o banco central não precisará lançar medidas de flexibilização adicionais preventivamente", desde que os efeitos do aumento do imposto sobre vendas sejam temporários e dentro das projeções do BoJ.
O membro do BoJ ressaltou que a autoridade monetária japonesa está adotando uma "postura esperar para ver" para monitorar cuidadosamente a forma como os seus efeitos políticos sem precedentes permeiam na economia.
Além disso, Sato sugeriu que uma maior flexibilização pode ser justificada apenas se os riscos descendentes crescerem, se referindo aos riscos que ocorrem com pouca frequência, mas que têm um impacto amplo sobre a economia global, como no caso da crise financeira global de 2008. O membro do BoJ ainda disse que não é possível manter a política de flexibilização atual para sempre.
Sato expressou abertamente dúvidas em relação à meta do banco central de estabilizar a inflação em 2%.
"É quase impossível manter a taxa de inflação estável em 2% de maneira precisa", disse Sato , acrescentando que a meta de inflação deve ser considerada como flexível."Parece pouco realista esperar que os preços continuem subindo significativamente acima de 1%", completou.
Durante o encontro, o membro do BoJ ainda alertou que o aumento constante nos salários poderia causar uma alta na taxa de desemprego e disse que estava observando cuidadosamente as futuras negociações da dívida dos Estados Unidos como um fator de risco.
Enquanto a maioria do conselho de administração política do Japão aprovou o mais recente relatório prevendo que o índice de preços ao consumidor deve atingir cerca de 2% até o final de março de 2016, Sato propôs modificar a expressão e dizer que a inflação estaria próximos dos 2% neste período. Na época, ele também sugeriu mudar a perspectiva de risco para a economia de "equilibrada" para "um pouco inclinada para o lado negativo."