Economia

BoJ mantém inalterado o programa de compra de ativos

A atual diretoria do banco central japonês deixou preparado o terreno para a adoção de medidas mais agressivas de flexibilização


	O BoJ decidiu manter o tamanho do programa de compra de ativos - a sua principal ferramenta de flexibilização da política monetária - em 101 trilhões de ienes até o final do ano
 (Kamoshida/Getty Images)

O BoJ decidiu manter o tamanho do programa de compra de ativos - a sua principal ferramenta de flexibilização da política monetária - em 101 trilhões de ienes até o final do ano (Kamoshida/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 07h02.

Tóquio - O Banco do Japão (BoJ) manteve a política monetária inalterada na sua última reunião do conselho político sob o comando do presidente Masaaki Shirakawa - ele vai deixar o cargo no dia 19.

Com isso, a atual diretoria do banco central japonês deixou preparado o terreno para a adoção de medidas mais agressivas de flexibilização por parte da futura diretoria, que deverá ser liderada por Haruhiko Kuroda.

A decisão de hoje, que acontece em meio a alguns sinais luminosos na economia japonesa, veio em linha com as previsões de dez analistas consultados pela Dow Jones.

O BoJ decidiu manter o tamanho do programa de compra de ativos - a sua principal ferramenta de flexibilização da política monetária - em 101 trilhões de ienes até o final do ano. Também votou, por unanimidade, deixar inalterada a taxa de juros na faixa entre 0% e 0,1%.

"O BOJ irá prosseguir o agressivo afrouxamento monetário por meio de sua política de taxa de juros praticamente zero e da compra de ativos" para atingir a meta de estabilidade de preços de 2%, disse o banco central, em comunicado divulgado junto com o anúncio.

Em sua avaliação mensal sobre as condições econômicas do país, o BoJ afirmou ainda que "a economia do Japão parou de se enfraquecer". No mês passado, o banco central dissera que a economia "parecia ter parado de se enfraquecer".

As atenções agora já estão voltadas para a próxima reunião do BoJ, em abril. Neste encontro, o banco central deverá ser presidido por Kuroda, se, conforme esperado, sua nomeação for aprovada pelo Parlamento. As informações são da Dow Jones.

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