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BNDES fecha empréstimo de US$ 1,3 bilhão com banco de desenvolvimento chinês

O objetivo, segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, é diversificar as fontes de recurso do banco para ampliar linhas de financiamento no Brasil

O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante, em Pequim (EVARISTO SA/AFP via/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 14 de abril de 2023 às 16h10.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou um acordo para captação de até US$ 1,3 bilhão (R$ 6,3 bilhões na cotação desta sexta-feira) com a instituição de fomento China Development Bank (CDB). O objetivo é abrir novas oportunidades de captação de recursos para que o BNDES possa ampliar projetos e criar novas linhas de crédito para empresas privadas e entes públicos.

O anúncio foi feito pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante, em Pequim, onde está acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em visita oficial diplomática.

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Segundo ele, o acordo só foi possível porque, em sua visão, o Brasil está voltando a ter protagonismo no mundo. Para ele, a medida pode contribuir para geração de emprego e renda no país.

Como o dinheiro será usado?

Foi estabelecido que US$ 800 milhões do valor total serão destinados a investimentos de longo prazo, com até dez anos, que costumam ser "um gargalo para o desenvolvimento do país", segundo Mercadante. O foco serão financiamentos em projetos de infraestrutura, energia, manufatura, petróleo e gás, agricultura, mineração, saneamento, agenda ASG (ambiental, social de governança), mudança climática e desenvolvimento verde, prevenção a epidemias, economia digital, alta tecnologia, gestão municipal e outros segmentos no Brasil.

Já os outros US$ 500 milhões serão aplicado em linhas de curto prazo, de três anos, a fim de apoiar outras frentes de financiamento e operações que promovam o comércio bilateral entre China e Brasil, por exemplo.

Não é de hoje que os bancos têm relacionamento. Em 2007, a captação de US$ 750 milhões pelo BNDES, por meio de contrato de empréstimo externo, para financiar construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste marcou o início da parceria. Nos anos seguintes, as instituições assinaram acordos de cooperação para projetos com potencial de interesse mútuo entre China e Brasil.

O país asiático se tornou, ao longo dos últimos anos, o maior parceiro comercial do Brasil. A China também lidera lidera o fluxo de investimentos estrangeiros diretos no país.

Durante a sua gestão no BNDES, Mercadante quer "acelerar os investimentos em setores estratégicos como transição energética, mobilidade urbana e infraestrutura”.

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