BNDES dificilmente atingirá projeção de desembolso
Meta é de fornecer até 145 bilhões de reais em financiamento apenas em 2011
Da Redação
Publicado em 21 de dezembro de 2011 às 14h40.
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) dificilmente vai conseguir alcançar a estimativa de desembolso de 140 bilhões a 145 bilhões de reais este ano, afirmou nesta quarta-feira o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho.
De janeiro a outubro, os desembolsos do banco de fomento somaram cerca de 104,2 bilhões de reais, queda de 26 por cento sobre igual etapa de 2010. A quantia do ano passado foi inflada pela participação do BNDES na capitalização da Petrobras.
"Mais 40 bilhões de reais (em um bimestre) é muito e é difícil. Pode ser que fique um pouco abaixo, mas não é algo que nos preocupe", disse Coutinho a jornalistas na sede do banco.
Ele afirmou ainda que o BNDES começou a sentir os primeiros sinais, ainda que leves, dos efeitos negativos da crise externa sobre o Brasil no nível de demanda de empréstimos no banco. "Certamente a desaceleração do crescimento e do investimento afetou um pouquinho", afirmou.
A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre na comparação com o segundo, conforme dados divulgados no início do mês. De julho a setembro, a formação bruta de capital fixo -uma medida de investimentos- caiu 0,2 por cento.
O presidente do BNDES disse ser cedo para qualquer prognóstico sobre o comportamento dos desembolsos do banco em 2012. Segundo ele, é preciso ter uma leitura mais clara dos efeitos da crise global sobre o Brasil.
Captalização
O BNDES recebeu na semana passada tranche de 15 bilhões de reais de uma capitalização total do Tesouro Nacional de 55 bilhões de reais.
A primeira linha foi de 30 bilhões de reais e, segundo Coutinho, o BNDES conta com os 10 bilhões de reais restantes para fechar o orçamento do banco de 2012.
"Fizemos uma política deliberada de poupar 'funding' do banco com redução do índice de participação, reduzimos o giro e apoio à exportação que não era bem de capital", afirmou.
"Mas vamos precisar dos 10 bilhões (de reais) em 2012, porque achamos que vamos assistir a uma recuperação dos investimentos. Essa recuperação virá numa crescente do primeiro para o segundo semestre e, por isso, é difícil fazer um prognóstico para os desembolsos." (Por Rodrigo Viga Gaier)
Rio de Janeiro - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) dificilmente vai conseguir alcançar a estimativa de desembolso de 140 bilhões a 145 bilhões de reais este ano, afirmou nesta quarta-feira o presidente da instituição financeira, Luciano Coutinho.
De janeiro a outubro, os desembolsos do banco de fomento somaram cerca de 104,2 bilhões de reais, queda de 26 por cento sobre igual etapa de 2010. A quantia do ano passado foi inflada pela participação do BNDES na capitalização da Petrobras.
"Mais 40 bilhões de reais (em um bimestre) é muito e é difícil. Pode ser que fique um pouco abaixo, mas não é algo que nos preocupe", disse Coutinho a jornalistas na sede do banco.
Ele afirmou ainda que o BNDES começou a sentir os primeiros sinais, ainda que leves, dos efeitos negativos da crise externa sobre o Brasil no nível de demanda de empréstimos no banco. "Certamente a desaceleração do crescimento e do investimento afetou um pouquinho", afirmou.
A economia brasileira ficou estagnada no terceiro trimestre na comparação com o segundo, conforme dados divulgados no início do mês. De julho a setembro, a formação bruta de capital fixo -uma medida de investimentos- caiu 0,2 por cento.
O presidente do BNDES disse ser cedo para qualquer prognóstico sobre o comportamento dos desembolsos do banco em 2012. Segundo ele, é preciso ter uma leitura mais clara dos efeitos da crise global sobre o Brasil.
Captalização
O BNDES recebeu na semana passada tranche de 15 bilhões de reais de uma capitalização total do Tesouro Nacional de 55 bilhões de reais.
A primeira linha foi de 30 bilhões de reais e, segundo Coutinho, o BNDES conta com os 10 bilhões de reais restantes para fechar o orçamento do banco de 2012.
"Fizemos uma política deliberada de poupar 'funding' do banco com redução do índice de participação, reduzimos o giro e apoio à exportação que não era bem de capital", afirmou.
"Mas vamos precisar dos 10 bilhões (de reais) em 2012, porque achamos que vamos assistir a uma recuperação dos investimentos. Essa recuperação virá numa crescente do primeiro para o segundo semestre e, por isso, é difícil fazer um prognóstico para os desembolsos." (Por Rodrigo Viga Gaier)