Economia

BNDES decidirá sobre participação da Venezuela em refinaria

Ministro vezezuelano disse que o banco vai definir até 31 de março sobre a participação do país na construção de uma refinaria em Pernambuco

Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Oscar Cabral/VEJA)

Obras na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco (Oscar Cabral/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 15h30.

Caracas - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil (BNDES) estabeleceu prazo de até 31 de março para tomar uma decisão sobre a participação da Venezuela na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, disse o ministro de Petróleo venezuelano, Rafael Ramírez, nesta quinta-feira.

'Nas últimas semanas, apresentamos um grupo de garantias ao banco estatal brasileiro e nos ajustamos a todos seus requerimentos. Agora temos um prazo até 31 de março para acertar nossa entrada', declarou Ramírez ao canal 'VTV'.

O ministro criticou o fato de terem sido introduzidos 'muitos ruídos' na relação entre o BNDES, 'que está dando o crédito para a refinaria', e a Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA), a estatal que preside e que busca participar da construção da obra.

'Qualquer um pode fazer declarações por aí, mas nós temos uma grande vontade de concretizar nossa participação na construção da refinaria', ressaltou.

O projeto prevê um investimento de US$ 15,29 bilhões na refinaria que terá capacidade para processar 230 mil barris diários de petróleo a partir de 2013, e na qual a Petrobras terá 60% e a PDVSA 40% do total de ações.

'O horizonte de nossa cooperação com o Brasil é luminoso, é muito bom, é tremendo, vai muito além da refinaria', acrescentou Ramírez, que há algumas semanas revelou que a PDVSA tinha entregado dinheiro ao BNDES como garantia.

Os governos do Brasil e da Venezuela acertaram em 2005 construir conjuntamente a refinaria, mas em 2007 a Petrobras decidiu iniciar a construção sozinha pelo fato de que a PDVSA havia adiado os pagamentos comprometidos. 

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