Trecho da BR-163 que coincide com os das BR-070 e BR-364, perto de Cuiabá, no Mato Grosso (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 20h27.
Rio - O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou mais dois empréstimos-pontes, somando R$ 1,408 bilhão, para concessionárias que levaram trechos de rodovias federais leiloados ano passado.
Com as operações, anunciadas nesta quinta-feira, 31, pela instituição de fomento, quatro dos cinco trechos leiloados em 2013 no âmbito do Programa de Investimentos em Logística (PIL) já conseguiram empréstimos-ponte no BNDES, no valor total de R$ 2,564 bilhões.
A concessionária da BR-040 no trecho entre Juiz de Fora (MG) e Brasília, controlada pela Invepar, é a única que falta. Segundo fontes ouvidas pelo jornal "O Estado de S. Paulo", esse empréstimo-ponte deverá ser aprovado ainda em agosto.
O valor para o trecho da BR-040 poderá ficar em torno de R$ 1 bilhão. Isso porque, em maio, o chefe do Departamento de Logística do BNDES, Cleverson Aroeira, havia estimado em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que os empréstimos-ponte das cinco estradas somariam R$ 3,4 bilhões.
O empréstimo-ponte é um tipo de financiamento de curto prazo, garantido por um banco repassador, concedido ao empreendedor para garantir o início dos investimentos enquanto o crédito de longo prazo é analisado.
Os empréstimos aprovados na última reunião de diretoria do BNDES, terça-feira, são para dois trechos da BR-163, no Centro-Oeste.
O trecho da BR-163 no Mato Grosso, da concessionária Rota do Oeste, controlada pela Odebrecht TransPort, teve aprovado empréstimo de R$ 762 milhões. O trecho concedido inclui ainda uma parte da BR-070 e tem cerca de 850 quilômetros.
Já o empréstimo para a o trecho da BR-163 no Mato Grosso do Sul, controlado pela CCR, ficou em R$ 646,6 milhões. Também são cerca de 850 quilômetros cruzando o Estado, desde a divisa com o Mato Grosso até a divisa com o Paraná.
Os dois trechos são importantes corredores de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste. Segundo informações tanto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quanto das empresas, as obras de duplicação das duas vias já começaram.