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BIS cede e afrouxa regras para bancos

Será reduzida a obrigação das instituições financeiras de ter caixa para pagar credores e clientes nas operações de curto prazo

Reunidos neste domingo, representantes dos BCs de todo o mundo anunciaram o que as instituições financeiras tanto pediam: adiamento na implantação de Basileia 3 (REUTERS/Lisi Niesner)
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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2013 às 08h51.

Basileia - Os bancos saíram vencedores de uma briga que cresceu nos últimos meses. Após inúmeras reclamações e em meio à crise financeira que se arrasta, os bancos centrais cederam ao afrouxar parte de um pacote de regras mais rígidas conhecido como Basileia 3.

Pela decisão tomada neste domingo (6), será reduzida a obrigação das instituições financeiras de ter caixa para pagar credores e clientes nas operações de curto prazo.

Reunidos neste domingo, representantes dos BCs de todo o mundo - que formam o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) - anunciaram o que as instituições financeiras tanto pediam: adiamento na implantação de Basileia 3. Nesta reunião, o grupo afrouxou regras já anunciadas e que deveriam começar a valer em 1.º de janeiro de 2015.

O afrouxamento acontecerá em três frentes. Na primeira, bancos terão quatro anos adicionais para cumprir o chamado "requerimento mínimo de liquidez de 30 dias", o LCR em inglês. Esse novo mecanismo obriga o sistema financeiro a ter em caixa ativos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse agudo de até um mês. Ou seja, dinheiro fácil para pagar todos os compromissos - de clientes e credores - por 30 dias.


Pela regra antiga, bancos teriam de ter o equivalente a 100% desses compromissos em 2015. Neste domingo, porém, ficou decidido que a regra será adotada gradualmente: o caixa precisará cobrir apenas 60% do montante em 2015 e chegará aos originais 100% só em 2019.

Além disso, cresceu a lista de ativos considerados de "alta liquidez" para pagar clientes e credores. A partir de agora, o investimento dos bancos em algumas ações e títulos de dívida corporativa poderá ser usado. Em outras palavras, será mais fácil alcançar o montante exigido pelo BC.

Houve, ainda, uma mudança na estimativa de quanto os bancos precisarão desembolsar nos próximos 30 dias. Pela nova regra, foi reduzida a previsão de quanto dinheiro sairá, por exemplo, das contas correntes de pessoas físicas e empresas.

Ou seja, a projeção dos compromissos à frente também foi aliviada. Portanto, o BIS afrouxou Basileia 3 em três frentes: 1) menor cobertura das dívidas; 2) ampliação da lista de ativos que podem ser usados para pagar esses compromissos; e 3) expectativa de que os débitos futuros serão menores.

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Basileia - Os bancos saíram vencedores de uma briga que cresceu nos últimos meses. Após inúmeras reclamações e em meio à crise financeira que se arrasta, os bancos centrais cederam ao afrouxar parte de um pacote de regras mais rígidas conhecido como Basileia 3.

Pela decisão tomada neste domingo (6), será reduzida a obrigação das instituições financeiras de ter caixa para pagar credores e clientes nas operações de curto prazo.

Reunidos neste domingo, representantes dos BCs de todo o mundo - que formam o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês) - anunciaram o que as instituições financeiras tanto pediam: adiamento na implantação de Basileia 3. Nesta reunião, o grupo afrouxou regras já anunciadas e que deveriam começar a valer em 1.º de janeiro de 2015.

O afrouxamento acontecerá em três frentes. Na primeira, bancos terão quatro anos adicionais para cumprir o chamado "requerimento mínimo de liquidez de 30 dias", o LCR em inglês. Esse novo mecanismo obriga o sistema financeiro a ter em caixa ativos de alta liquidez para resistir a um cenário de estresse agudo de até um mês. Ou seja, dinheiro fácil para pagar todos os compromissos - de clientes e credores - por 30 dias.


Pela regra antiga, bancos teriam de ter o equivalente a 100% desses compromissos em 2015. Neste domingo, porém, ficou decidido que a regra será adotada gradualmente: o caixa precisará cobrir apenas 60% do montante em 2015 e chegará aos originais 100% só em 2019.

Além disso, cresceu a lista de ativos considerados de "alta liquidez" para pagar clientes e credores. A partir de agora, o investimento dos bancos em algumas ações e títulos de dívida corporativa poderá ser usado. Em outras palavras, será mais fácil alcançar o montante exigido pelo BC.

Houve, ainda, uma mudança na estimativa de quanto os bancos precisarão desembolsar nos próximos 30 dias. Pela nova regra, foi reduzida a previsão de quanto dinheiro sairá, por exemplo, das contas correntes de pessoas físicas e empresas.

Ou seja, a projeção dos compromissos à frente também foi aliviada. Portanto, o BIS afrouxou Basileia 3 em três frentes: 1) menor cobertura das dívidas; 2) ampliação da lista de ativos que podem ser usados para pagar esses compromissos; e 3) expectativa de que os débitos futuros serão menores.

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