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BID: jovens da AL não estão prontos para o mercado

O estudo, assinalou que os jovens do ensino médio estão longe de desenvolver habilidades interpessoais como a responsabilidade, a comunicação e a criatividade

Pelo menos 30% das empresas consideram que a formação recebida na escola não é suficiente para o desempenho das tarefas requeridas (Germano Luders/Exame)
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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2012 às 16h13.

Washington - Os jovens da América Latina "estão longe" de desenvolver as destrezas exigidas pelo mercado de trabalho devido a deficiências no sistema educacional na região, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O estudo, baseado em duas pesquisas - as primeiras deste tipo na região -, assinalou que os jovens do ensino médio estão longe de desenvolver habilidades interpessoais como a responsabilidade, a comunicação e a criatividade.

O trabalho intitulado "Desligados - Habilidades, Educação e Emprego na América Latina" destaca uma "grande brecha" entre as habilidades ensinadas no ensino médio e as exigidas pelo mercado de trabalho para jovens na região.

A primeira enquete incluiu entrevistas com mais de 6.200 jovens entre 25 e 30 anos de idade na Argentina e no Chile, enquanto a segunda, sobre exigência de habilidades, contou com a participação de 1.200 empresas no Chile, na Argentina e no Brasil, em setores que em geral requerem trabalhadores egressos do ensino médio.

"A pesquisa do BID documenta um sistema educacional que melhorou em cobertura, mas não em qualidade nem em ferramentas que estimulem os estudantes a terminar seus estudos", observou o relatório.

Desta forma, a análise desenhou um panorama laboral pouco animador para os jovens, já que houve uma grande diminuição dos salários, uma alta histórica nas taxas de desemprego, "salários praticamente sem crescimento há três décadas e aumento da informalidade".


Mais da metade das empresas entrevistadas deram prioridade às habilidades relacionadas com a personalidade, sendo que 80% delas indicaram que as destrezas mais difíceis de encontrar entre os jovens são as relacionadas com comportamento, como a empatia, a adaptabilidade, a cortesia, a responsabilidade e o compromisso.

Segundo o relatório, os indivíduos mais educados demonstram melhores habilidades no lado cognitivo e no sócio-emocional, pelo que qualificou de "imperativo" que os jovens terminem a escola.

Na América Latina, porém, mais de 40% dos adolescentes não terminam o ensino médio antes dos 24 anos.

Pelo menos 30% das empresas consideram que a formação recebida na escola não é suficiente para o desempenho das tarefas requeridas.

Para começar a reverter esta situação, o estudo recomenda que as autoridades escolares fomentem o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, reformando tanto o plano de estudos como as práticas pedagógicas.

A pesquisa recomenda "o uso de sistemas de avaliação e informação alinhados com as habilidades que se procura desenvolver, não só conhecimentos acadêmicos mas também habilidades sócio-emocionais relevantes para o desenvolvimento no trabalho e na vida".

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O estudo, baseado em duas pesquisas - as primeiras deste tipo na região -, assinalou que os jovens do ensino médio estão longe de desenvolver habilidades interpessoais como a responsabilidade, a comunicação e a criatividade.

O trabalho intitulado "Desligados - Habilidades, Educação e Emprego na América Latina" destaca uma "grande brecha" entre as habilidades ensinadas no ensino médio e as exigidas pelo mercado de trabalho para jovens na região.

A primeira enquete incluiu entrevistas com mais de 6.200 jovens entre 25 e 30 anos de idade na Argentina e no Chile, enquanto a segunda, sobre exigência de habilidades, contou com a participação de 1.200 empresas no Chile, na Argentina e no Brasil, em setores que em geral requerem trabalhadores egressos do ensino médio.

"A pesquisa do BID documenta um sistema educacional que melhorou em cobertura, mas não em qualidade nem em ferramentas que estimulem os estudantes a terminar seus estudos", observou o relatório.

Desta forma, a análise desenhou um panorama laboral pouco animador para os jovens, já que houve uma grande diminuição dos salários, uma alta histórica nas taxas de desemprego, "salários praticamente sem crescimento há três décadas e aumento da informalidade".


Mais da metade das empresas entrevistadas deram prioridade às habilidades relacionadas com a personalidade, sendo que 80% delas indicaram que as destrezas mais difíceis de encontrar entre os jovens são as relacionadas com comportamento, como a empatia, a adaptabilidade, a cortesia, a responsabilidade e o compromisso.

Segundo o relatório, os indivíduos mais educados demonstram melhores habilidades no lado cognitivo e no sócio-emocional, pelo que qualificou de "imperativo" que os jovens terminem a escola.

Na América Latina, porém, mais de 40% dos adolescentes não terminam o ensino médio antes dos 24 anos.

Pelo menos 30% das empresas consideram que a formação recebida na escola não é suficiente para o desempenho das tarefas requeridas.

Para começar a reverter esta situação, o estudo recomenda que as autoridades escolares fomentem o desenvolvimento de habilidades sócio-emocionais, reformando tanto o plano de estudos como as práticas pedagógicas.

A pesquisa recomenda "o uso de sistemas de avaliação e informação alinhados com as habilidades que se procura desenvolver, não só conhecimentos acadêmicos mas também habilidades sócio-emocionais relevantes para o desenvolvimento no trabalho e na vida".

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