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Bernanke considera acusações contra Fed 'bizarras'

Washington - O deputado norte-americano Ron Paul, republicano do Texas, expôs hoje uma série de teorias da conspiração durante audiência realizada com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, em um comitê da Câmara. Em resposta, Bernanke classificou as teorias como "bizarras".   Citando relatos de que o […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Washington - O deputado norte-americano Ron Paul, republicano do Texas, expôs hoje uma série de teorias da conspiração durante audiência realizada com o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, em um comitê da Câmara. Em resposta, Bernanke classificou as teorias como "bizarras".

Citando relatos de que o Fed pode ter se envolvido em um financiamento ligado ao caso Watergate e em empréstimos ao ex-líder iraquiano Saddam Hussein na década de 1980, Paul perguntou se o banco central dos EUA está envolvido em outras "trapaças", como um socorro à Grécia.

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Irritado, Bernanke afirmou que "as alegações específicas que foram feitas são absolutamente bizarras". "Eu não tenho absolutamente nenhum conhecimento de qualquer coisa remotamente parecida com qualquer coisa que você acabou de descrever", disse Bernanke. O presidente do Fed acrescentou que o Fed não tem planos para ajudar a Grécia ou outros países.

Paul, que foi responsável por parte do projeto de lei de reforma do setor financeiro da Câmara aprovado no ano passado - que vai permitir que o Escritório de Contabilidade do Governo supervisione o Fed -, pediu que o banco central revele todos os empréstimos depois de dez anos. Bernanke afirmou que o Fed já divulga tais informações, incluindo transcrições de reuniões de política, depois de cinco anos.

Meta de inflação

O presidente Fed também evitou dar suporte a uma ideia, proposta pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para que os bancos centrais mantenham munição extra à mão através do estabelecimento de uma meta de inflação mais alta. Questionado sobre a proposta durante seu depoimento, Bernanke disse que a ideia "não deixa de ter seu apelo", mas que seria arriscado no combate à inflação.

"Se o Federal Reserve disser que irá elevar a inflação para 4%, como vamos saber que mais tarde não iremos para 5% ou 6% ou 7%?", questionou. Ao mesmo tempo, Bernanke disse que o Fed teve sucesso em deixar claro que a elevação da taxa de redesconto, anunciada na semana passada, não foi um prenúncio de um iminente aperto na política monetária, uma vez que o mercado não tem precificado expectativas mais altas para o juro.

Regra Volcker

Bernanke afirmou ainda que a limitação da realização de atividades de tesouraria com ativos próprios pelos bancos comerciais, a chamada "regra Volcker", "pode ser apropriada". Ele alertou, no entanto, que é preciso "ter cuidado para, por exemplo, não impedir inadvertidamente o bom hedge (proteção), que na realidade reduz o risco, e para não impedir a formação de mercado, que é boa para a liquidez".

O presidente do Fed disse que uma solução possível seria permitir que os supervisores impeçam as atividades que sejam consideradas "tão arriscadas ou complexas a ponto de a empresa não possuir a capacidade de gerenciamento de risco ou a capacidade administrativa de lidar com elas". As informações são da Dow Jones.

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