Economia

BCE vê sinais tímidos de estabilização na zona do euro

Banco Central prevê que a inflação continuará acima de 2% por vários meses antes de declinar para menos de 2%

O valor se compara à definição do BCE de estabilidade de preços, que é de uma taxa de inflação menor, mas próxima de 2% (Ralph Orlowski/Getty Images)

O valor se compara à definição do BCE de estabilidade de preços, que é de uma taxa de inflação menor, mas próxima de 2% (Ralph Orlowski/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2012 às 08h46.

Frankfurt - O Banco Central Europeu (BCE) afirmou, em seu relatório mensal, que vê sinais tímidos de que a atividade econômica na zona do euro está se estabilizando, embora em patamares baixos, reiterando os comentários do presidente do banco, Mario Draghi, feitos no início deste mês após a autoridade monetária deixar a taxa de juros inalterada.

O BCE prevê que a inflação continuará acima de 2% por vários meses antes de declinar para menos de 2%. O valor se compara à definição do BCE de estabilidade de preços, que é de uma taxa de inflação menor, mas próxima de 2%.

"Esse padrão reflete a expectativa que, em um ambiente de crescimento mais fraco na zona do euro e no mundo, as pressões de custos, salários e preços subjacentes na região deverão continuar modestas", destacou a autoridade monetária.

A inflação na zona do euro subiu 2,7% em dezembro de 2011, em bases anuais, uma desaceleração em relação à alta de 3% no mês anterior.

Os riscos para a perspectiva no médio prazo para a inflação estão amplamente equilibrados, com riscos de alta provenientes de aumentos adicionais de impostos e dos preços administrados devido à consolidação orçamentária dos endividados governos europeus, e possíveis aumentos nos preços das commodities, disse o BCE.

O banco identificou riscos de queda devido ao impacto de um crescimento mais fraco do que o esperado na zona do euro e ao redor do mundo. Embora a atividade econômica esteja se estabilizando em patamares baixos, os riscos substanciais de queda continuam a existir para o crescimento da zona do euro em meio a um ambiente de elevada incerteza, afirmou o BCE. A intensificação adicional das tensões nos mercado de dívida da zona do euro e o possível contágio para a economia real representam um risco de queda, bem como uma correção desordenada dos desequilíbrios globais, acrescentou a instituição. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:BCECrise econômicaCrises em empresasEuropaUnião Europeia

Mais de Economia

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Fazenda mantém projeção do PIB de 2024 em 2,5%; expectativa para inflação sobe para 3,9%

Mais na Exame