BCE pode conter taxas injustificadas do mercado monetário
Conselho Diretor discutiu possível redução dos juros, em parte devido à preocupação quanto às taxas do mercado monetário e à natureza incerta da recuperação
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2013 às 11h58.
Frankfurt - O Banco Central Europeu ( BCE ) afirmou nesta quinta-feira que está preparado para reduzir as taxas de juros ou injetar mais dinheiro na economia da zona do euro caso seja necessário para diminuir as taxas do mercado monetário e ajudar a recuperação econômica da região.
O BCE manteve sua principal taxa de juros em 0,5 por cento, como era esperado por todos os 60 economistas que participaram de pesquisa da Reuters.
O banco também manteve sua taxa de depósito em zero e a taxa de empréstimo em 1 por cento.
Mas o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o Conselho Diretor de fato discutiu uma possível redução dos juros em sua reunião mensal, em parte devido à preocupação quanto às taxas do mercado monetário e à natureza incerta "ainda inicial" da recuperação.
"Se as evoluções do mercado monetário forem julgadas como injustificadas em relação ao seu impacto em nossa avaliação da inflação de médio prazo, então um instrumento desse tipo deve ser avaliado", disse ele em entrevista à imprensa.
Um comunicado do BCE informou que o banco permanecerá "particularmente atento" às implicações da redução do excesso de liquidez na zona do euro em sua postura de política monetária.
O BCE reduziu sua projeção de crescimento da zona do euro para o próximo ano para 1 por cento, ante 1,1 por cento na estimativa de junho, e informou que a economia da região de 17 países terá contração de 0,4 por cento neste ano, menos que o 0,6 por cento previsto há três meses.
Draghi reiterou o compromisso do banco central de manter as taxas de juros baixas por período prolongado.
Abandonando sua tradição de nunca se comprometer antecipadamente com movimentos futuros, o BCE informou em julho que manterá suas taxas nos níveis atuais ou mais baixos por "período prolongado" --seu primeiro uso da orientação futura.
Entretanto, a decisão falhou em diminuir as taxas do mercado --tarefa que têm sido dificultada para Draghi pela recuperação ainda em fase inicial da zona do euro e a reunião iminente do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ainda neste mês, na qual o Fed pode começar a reduzir seu estímulo.
Draghi disse que houve um debate sobre redução de juros nesta quinta-feira, com alguns membros argumentando que a melhora dos dados econômicos torna uma discussão desse tipo injustificada, enquanto outros disseram que a recuperação é frágil demais para descartar tal medida.
"A produção deve se recuperar em ritmo lento, devendo-se particularmente a uma melhora gradual da demanda doméstica sustentada pela postura de política monetária expansionista", informou o BCE. Mas o banco observou que os principais riscos permanecem.
Dados econômicos recentes têm sido relativamente fortes, validando amplamente o principal cenário do BCE de recuperação gradual ocorrendo no segundo semestre deste ano e acelerando em 2014.
Frankfurt - O Banco Central Europeu ( BCE ) afirmou nesta quinta-feira que está preparado para reduzir as taxas de juros ou injetar mais dinheiro na economia da zona do euro caso seja necessário para diminuir as taxas do mercado monetário e ajudar a recuperação econômica da região.
O BCE manteve sua principal taxa de juros em 0,5 por cento, como era esperado por todos os 60 economistas que participaram de pesquisa da Reuters.
O banco também manteve sua taxa de depósito em zero e a taxa de empréstimo em 1 por cento.
Mas o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o Conselho Diretor de fato discutiu uma possível redução dos juros em sua reunião mensal, em parte devido à preocupação quanto às taxas do mercado monetário e à natureza incerta "ainda inicial" da recuperação.
"Se as evoluções do mercado monetário forem julgadas como injustificadas em relação ao seu impacto em nossa avaliação da inflação de médio prazo, então um instrumento desse tipo deve ser avaliado", disse ele em entrevista à imprensa.
Um comunicado do BCE informou que o banco permanecerá "particularmente atento" às implicações da redução do excesso de liquidez na zona do euro em sua postura de política monetária.
O BCE reduziu sua projeção de crescimento da zona do euro para o próximo ano para 1 por cento, ante 1,1 por cento na estimativa de junho, e informou que a economia da região de 17 países terá contração de 0,4 por cento neste ano, menos que o 0,6 por cento previsto há três meses.
Draghi reiterou o compromisso do banco central de manter as taxas de juros baixas por período prolongado.
Abandonando sua tradição de nunca se comprometer antecipadamente com movimentos futuros, o BCE informou em julho que manterá suas taxas nos níveis atuais ou mais baixos por "período prolongado" --seu primeiro uso da orientação futura.
Entretanto, a decisão falhou em diminuir as taxas do mercado --tarefa que têm sido dificultada para Draghi pela recuperação ainda em fase inicial da zona do euro e a reunião iminente do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, ainda neste mês, na qual o Fed pode começar a reduzir seu estímulo.
Draghi disse que houve um debate sobre redução de juros nesta quinta-feira, com alguns membros argumentando que a melhora dos dados econômicos torna uma discussão desse tipo injustificada, enquanto outros disseram que a recuperação é frágil demais para descartar tal medida.
"A produção deve se recuperar em ritmo lento, devendo-se particularmente a uma melhora gradual da demanda doméstica sustentada pela postura de política monetária expansionista", informou o BCE. Mas o banco observou que os principais riscos permanecem.
Dados econômicos recentes têm sido relativamente fortes, validando amplamente o principal cenário do BCE de recuperação gradual ocorrendo no segundo semestre deste ano e acelerando em 2014.