Os investidores se focarão na questão sobre se o presidente do BCE, Mario Draghi, deixará a porta aberta para afrouxar a política econômica ainda neste ano caso a crise piore (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2012 às 08h37.
Barcelona - O Banco Central Europeu (BCE) resistirá a pedidos para tomar mais ações a fim de enfrentar a crise da dívida da zona do euro na reunião realizada na Espanha nesta quinta-feira, colocando o ônus sobre os governos para impulsionar o crescimento e evitar nervosismo sobre as medidas regionais de austeridade.
A polícia montou uma forte presença do lado de fora do hotel onde formuladores de política econômica começaram a reunião às 4h (horário de Brasília), antes de protestos contra os cortes de gastos do governo espanhol, que são apoiados pelo BCE.
Os mercados financeiros querem que o banco central aumente seus esforços para combater a crise por meio da compra de títulos do governo espanhol, a fim de reduzir os custos de empréstimo para o país, que está em recessão e cujo desemprego é o dobro da média vista na Europa.
Mas provavelmente os formuladores de política econômica do BCE vão elogiar os cortes feitos pela Espanha em vez de anunciar qualquer nova ação política -como recomeçar o programa de compra de ativos-, e espera-se que o banco central deixe as taxas de juros inalteradas na recorde de baixa de 1 por cento.
Os investidores irão se focar na questão sobre se o presidente do BCE, Mario Draghi, deixará a porta aberta para afrouxar a política econômica ainda neste ano caso a crise piore. Ele dará coletiva à imprensa marcada às 9h30 (horário de Brasília) desta quinta-feira (Reportagem de Paul Day e Marc Jones)