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BC trabalha para que inflação retorne à meta, diz Tombini

O presidente do Banco Central afirmou que "não deve ser surpresa" inflação acima dos níveis atuais nos próximos meses

Alexandre Tombini: "os ganhos estender-se-ão por vários anos, podendo ter caráter de permanência", disse (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 13h50.

Brasília - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, 09, que a autoridade monetária trabalha para fazer com que a inflação retorne "o mais rápido possível" para a meta estipulada pelo governo , de 4,5% de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No entanto, ele afirmou que "não deve ser surpresa" inflação acima dos níveis atuais nos próximos meses.

"Embora o esforço tenha como foco a trajetória da inflação nos próximos dois anos, os ganhos estender-se-ão por vários anos, podendo ter caráter de permanência", disse Tombini aos parlamentares que participam de audiência pública conjunta das comissões Mista de Orçamento, de Assuntos Econômicos do Senado, de Finanças e Tributação, de Desenvolvimento Econômico, e de Fiscalização Financeira.

Tombini garantiu que nos próximos anos a inflação voltará a trajetória de "longo período de declínio" que vai cumular na meta do governo.

No entanto, alertou que, no curto prazo, nos próximos meses, a inflação continuará bem acima do centro da meta. O IPCA fechou novembro levemente acima do teto da meta, em 6,56%.

Segundo ele, a inflação se arrefecerá devido a um conjunto de fatores: efeitos cumulativos e defasados da política monetária, uma política fiscal mais contida e iniciativas no sentido de moderar as concessões e subsídios nas operações de crédito.

O presidente do BC disse que a inflação está alta por dois realinhamentos: dos preços domésticos em relação aos preços internacionais e dos preços administrados em relação aos livres.

Tombini disse que esse quadro torna o balanço de risco para a inflação menos favorável.

Ele listou as "complexidades" enfrentadas pela economia brasileira e que têm impactado no custo de vida. Segundo Tombini, nos EUA espera-se bom gerenciamento da normalização da política monetária.

Na Europa e Japão, ele afirmou esperar reformas estruturais; nos países emergentes, reforço da estabilidade monetária. A avaliação do presidente do BC é de que esse ambiente contribui para a redução do superávit comercial.

O presidente do BC disse ainda que as práticas de apuração fiscal do Brasil seguem padrões internacionalmente consagradas. "No órgão (BC) só existe um único resultado apurado, o divulgado ao fim do processo de apuração", afirmou.

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Brasília - O presidente do Banco Central , Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, 09, que a autoridade monetária trabalha para fazer com que a inflação retorne "o mais rápido possível" para a meta estipulada pelo governo , de 4,5% de variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

No entanto, ele afirmou que "não deve ser surpresa" inflação acima dos níveis atuais nos próximos meses.

"Embora o esforço tenha como foco a trajetória da inflação nos próximos dois anos, os ganhos estender-se-ão por vários anos, podendo ter caráter de permanência", disse Tombini aos parlamentares que participam de audiência pública conjunta das comissões Mista de Orçamento, de Assuntos Econômicos do Senado, de Finanças e Tributação, de Desenvolvimento Econômico, e de Fiscalização Financeira.

Tombini garantiu que nos próximos anos a inflação voltará a trajetória de "longo período de declínio" que vai cumular na meta do governo.

No entanto, alertou que, no curto prazo, nos próximos meses, a inflação continuará bem acima do centro da meta. O IPCA fechou novembro levemente acima do teto da meta, em 6,56%.

Segundo ele, a inflação se arrefecerá devido a um conjunto de fatores: efeitos cumulativos e defasados da política monetária, uma política fiscal mais contida e iniciativas no sentido de moderar as concessões e subsídios nas operações de crédito.

O presidente do BC disse que a inflação está alta por dois realinhamentos: dos preços domésticos em relação aos preços internacionais e dos preços administrados em relação aos livres.

Tombini disse que esse quadro torna o balanço de risco para a inflação menos favorável.

Ele listou as "complexidades" enfrentadas pela economia brasileira e que têm impactado no custo de vida. Segundo Tombini, nos EUA espera-se bom gerenciamento da normalização da política monetária.

Na Europa e Japão, ele afirmou esperar reformas estruturais; nos países emergentes, reforço da estabilidade monetária. A avaliação do presidente do BC é de que esse ambiente contribui para a redução do superávit comercial.

O presidente do BC disse ainda que as práticas de apuração fiscal do Brasil seguem padrões internacionalmente consagradas. "No órgão (BC) só existe um único resultado apurado, o divulgado ao fim do processo de apuração", afirmou.

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