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BC revisa expectativa para cima e prevê queda de 5% do PIB em 2020

Em junho, o Banco Central esperava uma redução de 6,4% na atividade econômica este ano

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A nova previsão de queda está mais em linha com o Ministério da Economia e com o Focus (Adriano Machado/Reuters)

A nova previsão de queda está mais em linha com o Ministério da Economia e com o Focus (Adriano Machado/Reuters)

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Agência O Globo

Publicado em 24 de setembro de 2020 às, 08h21.

Última atualização em 24 de setembro de 2020 às, 11h06.

O Banco Central (BC) revisou suas expectativas para a queda na atividade econômica e passou a prever uma redução de 5% do PIB brasileiro em 2020. A informação consta no Relatório Trimestral de Inflação divulgado nesta quinta-feira. A previsão anterior, publicada em junho, era de queda de 6,4%.

Na avaliação do Banco Central, mesmo com a queda de 9,7% do PIB no segundo trimestre, há perspectivas mais favoráveis no terceiro trimestre com informações dos indicadores econômicos mais recentes. No entanto, o BC ainda vê incerteza "acima do usual" para o ritmo de crescimento.

"A recuperação acontece de forma heterogênea. Várias atividades do setor de serviços, sobretudo aquelas mais diretamente afetadas pelo distanciamento social, permanecem deprimidas. Há retomada relativamente forte no consumo de bens duráveis — parcialmente infuenciado pelos programas governamentais de recomposição de renda — e até do investimento", diz o relatório

De acordo com o relatório, a retomada está acontecendo mais rapidamente do que antecipado, com crescimento acentuado no terceiro trimestre. Neste período, a atividade está sendo impulsinada por dois fatores, as medidas governamentais de combate aos efeitos econômicos da pandemia e o retorno gradual dos níveis de consumo. Apesar dessa boa perspectativa, o BC destaca preocupação com o último trimestre de 2020.

"Para o último trimestre do ano, a partir de quando vigora incerteza acima da usual sobre o ritmo de recuperação, espera-se arrefecimento da taxa de crescimento, associado, em parte à diminuição esperada de transferências de recursos extraordinários às famílias".

A revisão foi antecipada pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no início de setembro, quando previu uma queda de “por volta” de 5% neste ano, seguido de uma alta de “um pouco mais” de 4% em 2021. Já na divulgação da previsão anterior, membros do BC admitiam que a queda de 6,4% era em um cenário "relativamente pessimista".

A nova previsão de queda também está mais em linha com a expectativa do Ministério da Economia, que projeta um encolhimento de 4,7% na economia este ano e com o mercado, que, segundo o relatório Focus, espera uma queda de 5,05% no PIB em 2020.

Para 2021, a projeção de crescimento prevista no relatório é de 3,9%. No entanto, o BC condiciona a retomada neste ritmo ao processo de reforma e a continuidade de "ajustes necessárioas na economia brasileira".

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