BC quer impedir que alta dos preços persista em 2016
A avaliação é do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, que apresentou hoje (24) o Relatório de Inflação
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2015 às 14h52.
O Banco Central (BC) fará todos os esforços necessários para que a inflação fique no menor nível possível este ano e para impedir que a alta dos preços persista em 2016.
A avaliação é do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, que apresentou hoje (24) o Relatório de Inflação .
Segundo o diretor, as elevações da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%, ainda não são suficientes para fazer com que a inflação fique no centro da meta (4,5%) em 2016. “Achamos que é preciso continuar a trabalhar porque a nossa meta para 2016 é atingir 4,5%”, disse.
A Selic já passou por seis altas seguidas. Essas elevações são tentativas do BC de conter a inflação, que deve estourar o teto da meta para o ano. A projeção do próprio BC indica inflação em 9%, este ano. Para 2016, a estimativa é 4,8%. O limite superior da meta é 6,5%.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
Para Awazu, a melhor contribuição que o BC pode dar para o crescimento futuro da economia é entregar a inflação na meta em 2016. “ A inflação é um dos piores elementos para a saúde financeira das famílias. Afeta particularmente as famílias de rendas mais baixas.”
Segundo o diretor, o país passa atualmente por ajuste e espera-se reflexo na atividade econômica, com taxas de crescimento abaixo do potencial. Awazu citou ainda que eventos “não econômicos”, como a Operação Lava Jato, afetam a economia.
Na avaliação do diretor, o período de ajuste envolve três fases. A primeira se caracteriza pela queda forte do investimento e por eventos não econômicos que se sobrepõem ao processo de ajuste. Na segunda fase, há persistência da inflação. Na terceira fase, a inflação alcança a meta de 4,5%.
Para o diretor, há indícios de que o processo de ajuste já mostra efeitos, como estabilidade no índice de confiança dos consumidores. O diretor citou ainda que o mercado financeiro espera inflação em 4,5% no longo prazo, em 2018 e 2019.
O Banco Central (BC) fará todos os esforços necessários para que a inflação fique no menor nível possível este ano e para impedir que a alta dos preços persista em 2016.
A avaliação é do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, que apresentou hoje (24) o Relatório de Inflação .
Segundo o diretor, as elevações da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 13,75%, ainda não são suficientes para fazer com que a inflação fique no centro da meta (4,5%) em 2016. “Achamos que é preciso continuar a trabalhar porque a nossa meta para 2016 é atingir 4,5%”, disse.
A Selic já passou por seis altas seguidas. Essas elevações são tentativas do BC de conter a inflação, que deve estourar o teto da meta para o ano. A projeção do próprio BC indica inflação em 9%, este ano. Para 2016, a estimativa é 4,8%. O limite superior da meta é 6,5%.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Embora ajude no controle dos preços, o aumento da taxa Selic prejudica a economia, que atravessa um ano de recessão, com queda na produção e no consumo.
Para Awazu, a melhor contribuição que o BC pode dar para o crescimento futuro da economia é entregar a inflação na meta em 2016. “ A inflação é um dos piores elementos para a saúde financeira das famílias. Afeta particularmente as famílias de rendas mais baixas.”
Segundo o diretor, o país passa atualmente por ajuste e espera-se reflexo na atividade econômica, com taxas de crescimento abaixo do potencial. Awazu citou ainda que eventos “não econômicos”, como a Operação Lava Jato, afetam a economia.
Na avaliação do diretor, o período de ajuste envolve três fases. A primeira se caracteriza pela queda forte do investimento e por eventos não econômicos que se sobrepõem ao processo de ajuste. Na segunda fase, há persistência da inflação. Na terceira fase, a inflação alcança a meta de 4,5%.
Para o diretor, há indícios de que o processo de ajuste já mostra efeitos, como estabilidade no índice de confiança dos consumidores. O diretor citou ainda que o mercado financeiro espera inflação em 4,5% no longo prazo, em 2018 e 2019.