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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.
A trajetória central esperada para a inflação acumulada em doze meses declina continuamente de 7,7%, ao final do segundo trimestre de 2002, para 5,5%, ao final deste ano, e para 2,6%, em 2003.
Prevê-se uma queda forte da inflação entre o terceiro e quarto trimestres deste ano devido a substituição de uma inflação considerada anormal e elevada no último trimestre de 2001 por um valor mais compatível com as metas para o último trimestre deste ano.
As considerações estão no Relatório de Inflação, divulgado nesta sexta-feira, pelo Banco Central. A meta de inflação para este ano é de 3,5% com margem de dois pontos para mais ou para menos. A previsão para 2003 é de 4%, com margem de 2,5 pontos para mais ou para menos.
O Relatório de Inflação projeta uma alta de 6,1% para os preços administrados por contrato e monitorados, em 2003, com contribuição de 1,9 ponto percentual para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Para os preços livres, o documento prevê um valor menor, de 1,1%, contribuindo com 0,7 ponto percentual para o IPCA. Para o conjunto do IPCA, a projeção é de uma inflação de 2,6% para 2003, abaixo da meta de 4%.
O relatório avalia que a maior pressão inflacionária decorre dos preços administrados por contratos e monitorados. Segundo o documento, a projeção de aumento para os preços desse grupo é de cerca de 8,1%, neste ano, com contribuição de 2,5 pontos percentuais para o IPCA.
Segundo a Agência Brasil, o relatório aponta que desses 8,1%, 3,6% já ocorreram até maio e a maior concentração de reajustes deve ocorrer entre junho e julho, com incidência de reajustes de energia elétrica e de serviços de telefonia fixa, além do reajuste de 9,2% na refinaria para o gás de bujão, que passou a vigorar em 01 de junho.
Para os preços livres, que correspondem a cerca de 70% do IPCA, o documento projeta um crescimento de de 4,6%, para este ano, contra os 3,4% anteriores, com contribuição de 3,3 pontos percentuais. Mas lembra que como esses preços já tiveram elevação de 2,02%, deverá ficar menor a inflação mensal média desse grupo até o final do ano.
Na quinta-feira, o governo anunciou uma meta mais branda de inflação para o ano que vem, de 4%, e ampliou a margem de tolerância de dois pontos percentuais para 2,5 pontos percentuais. A meta anterior era de 3,25%.
PIB
Segundo a agência de notícias Reuters, o BC reduziu sua estimativa para o crescimento da economia em 2002 de 2,5% para 2,0%, segundo o relatório trimestral de inflação divulgado nesta sexta-feira, por causa dos efeitos da política monetária apertada e do aumento de percepção de risco.
O Relatório de Inflação considera a hipótese de taxas de juros constantes em 18,5% anuais para essa projeção. De acordo com o documento, a redução se deve principalmente "ao efeito contracionista que o aumento na percepção de risco, que se traduziu num aumento de juros de mais longo prazo, exerce sobre o nível de atividade".
O relatório acrescenta que o crescimento do PIB em 2002 será resultante de incrementos esperados de 3,3% na agropecuaria, de 1,8% na indústria e de 2,2% para os serviços.