País tem capitalização e provisionamento adequados, diz BC
Para o Banco Central, a economia brasileira está preparada para enfrentar uma deterioração do cenário internacional
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2011 às 12h27.
São Paulo - O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero de Moraes Meirelles, afirmou que o cenário da economia internacional, especialmente relativo às economias maduras, se tornou "muito incerto e perigoso." Segundo ele, há um espaço muito reduzido para ampliação de gastos fiscais e esgotamento dos instrumentos tradicionais de política monetária. "Vemos sobretudo os países das economias maduras, com taxas de juros nominais muito próximas de zero e taxas reais negativas", comentou, no encerramento do primeiro Congresso Internacional de Gestão de Riscos, realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo o diretor do BC, a queda dos preços de ativos financeiros pelo mundo contribuiu para reduzir a confiança dos agentes econômicos, o que deteriorou ainda mais as expectativas de crescimento dos países avançados. "E não está descartado um processo de recessão", comentou, referindo-se àquele grupo de nações. "Mas a economia brasileira e seu sistema financeiro estão muito bem preparados para enfrentar essa recente deterioração do cenário internacional, e mesmo o agravamento desse quadro", frisou.
"O regime de câmbio flutuante constitui uma primeira linha de proteção e também podemos citar outras medidas adotadas (pelo governo), num contexto de grande liquidez e forte ingresso de recursos (no país)", disse. "Eu citaria a redução da exposição cambial vendida dos bancos, medidas para reduzir capitais de curto prazo e ampliar o ingresso de capitais de longo prazo, sobretudo o investimento estrangeiro direto", disse. Ele também afirmou que outro elemento positivo da economia brasileira é ter "colchões de liquidez bastante robustos", maiores do que os registrados em 2008, como mais de R$ 430 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos comerciais junto ao BC e reservas cambiais no patamar de US$ 350 bilhões.
São Paulo - O diretor de Fiscalização do Banco Central, Anthero de Moraes Meirelles, afirmou que o cenário da economia internacional, especialmente relativo às economias maduras, se tornou "muito incerto e perigoso." Segundo ele, há um espaço muito reduzido para ampliação de gastos fiscais e esgotamento dos instrumentos tradicionais de política monetária. "Vemos sobretudo os países das economias maduras, com taxas de juros nominais muito próximas de zero e taxas reais negativas", comentou, no encerramento do primeiro Congresso Internacional de Gestão de Riscos, realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Segundo o diretor do BC, a queda dos preços de ativos financeiros pelo mundo contribuiu para reduzir a confiança dos agentes econômicos, o que deteriorou ainda mais as expectativas de crescimento dos países avançados. "E não está descartado um processo de recessão", comentou, referindo-se àquele grupo de nações. "Mas a economia brasileira e seu sistema financeiro estão muito bem preparados para enfrentar essa recente deterioração do cenário internacional, e mesmo o agravamento desse quadro", frisou.
"O regime de câmbio flutuante constitui uma primeira linha de proteção e também podemos citar outras medidas adotadas (pelo governo), num contexto de grande liquidez e forte ingresso de recursos (no país)", disse. "Eu citaria a redução da exposição cambial vendida dos bancos, medidas para reduzir capitais de curto prazo e ampliar o ingresso de capitais de longo prazo, sobretudo o investimento estrangeiro direto", disse. Ele também afirmou que outro elemento positivo da economia brasileira é ter "colchões de liquidez bastante robustos", maiores do que os registrados em 2008, como mais de R$ 430 bilhões em depósitos compulsórios dos bancos comerciais junto ao BC e reservas cambiais no patamar de US$ 350 bilhões.