Economia

BC muda regras de rolagem cambial e dólar sobe 3,84%

O Banco Central (BC) vai deixar de estabelecer um percentual fixo para as rolagens de swaps e títulos cambiais. De acordo com nota divulgada pela Diretoria de Política Monetária do banco nesta segunda-feira (26/5), a partir do próximo dia 2/6, o percentual poderá ser menor ou maior do total do vencimento. O anúncio do BC […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h30.

O Banco Central (BC) vai deixar de estabelecer um percentual fixo para as rolagens de swaps e títulos cambiais. De acordo com nota divulgada pela Diretoria de Política Monetária do banco nesta segunda-feira (26/5), a partir do próximo dia 2/6, o percentual poderá ser menor ou maior do total do vencimento. O anúncio do BC sobre a rolagem da dívida cambial contribuiu para uma forte alta do dólar. O dólar comercial fechou cotado a R$ 3,03, com uma alta de 3,84%. O cupom cambial medido pelo contrato futuro de janeiro/2004 fechou cotado a 4,91%, queda em relação a sexta-feira.

"O Banco Central concluiu que, nas condições atuais, não se justificava manter um percentual fixo na rolagem do principal da dívida vincenda. Entretanto, o Banco Central manterá seu papel fundamental como provedor de proteção cambial, num mercado que ainda não desenvolveu todo o seu potencial para que o próprio setor privado desempenhe esse papel", afirmou o BC em nota oficial.

De acordo com o BC, o estoque de swaps e títulos cambiais em poder público vem sendo reduzido gradualmente. "Nos últimos meses, o BC vinha buscando renovar 100% do principal das obrigações vinculadas ao câmbio, o que implicou uma rolagem média de 88%, excluindo a parcela referente aos juros", diz a nota do BC. "Nas condições atuais, não se justifica mais manter como objetivo renovar um percentual fixo."

A redução dos títulos cambiais e swaps tem como objetivo, de acordo com a instituição, melhorar o perfil da dívida do governo. Para o vencimento de 2/6, foram rolados 95% da dívida.

"Vale salientar que os mercados americanos não funcionaram por causa de um feriado, o que também vale para o mercado de dívida externa", afirma relatório da corretora GAP.

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