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BC mantém previsão de expansão de 20% do crédito

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, informou hoje que a instituição trabalha com a previsão de que o total de crédito concedido no País pelo sistema financeiro deve ter expansão de 20% em 2010 na comparação com 2009. Com essa evolução, a participação do crédito deve atingir 49% do […]

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, informou hoje que a instituição trabalha com a previsão de que o total de crédito concedido no País pelo sistema financeiro deve ter expansão de 20% em 2010 na comparação com 2009. Com essa evolução, a participação do crédito deve atingir 49% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de dezembro deste ano. Segundo ele, os números não foram alterados e são os mesmos previstos na última revisão das estimativas oficiais do BC, em dezembro de 2009.

Um mês atrás, em fevereiro, no entanto, o próprio BC havia anunciado em entrevista à imprensa a redução da estimativa de expansão do crédito em 2010 de 20% para 19%. Já a previsão da participação dos empréstimos no total da economia era de 48% do PIB no fim de 2010.

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Altamir informou na entrevista de hoje que o crédito para pessoa física deve liderar a expansão em 2010, com crescimento de 21%. As operações para empresas devem ter aumento de 14%. Entre os segmentos, os financiamentos com recursos livres devem avançar 18% no ano e os empréstimos com recursos direcionados terão expansão de 26%.

Juros

Altamir Lopes afirmou que o mercado de crédito tem acompanhado dois movimentos opostos, que se anulam. O primeiro é a queda da margem cobrada nos empréstimos, o chamado spread bancário, causado pela redução da inadimplência. Ao mesmo tempo, há aumento do custo de captação. "Há um movimento de alta no custo de captação dos bancos. Isso tem compensado a redução dos spreads, o que traz estabilidade dos juros", explicou na entrevista dada hoje.

O resultado desses movimentos pode ser conferido em março: após a queda dos juros em fevereiro, as taxas ficaram estáveis nos dez primeiros dias do mês. Apesar da redução média de 0,3 ponto porcentual no spread bancário, o juro praticado nos financiamentos manteve-se em 34,3% ao ano. Isso porque o custo de captação dos bancos, que é o quanto as instituições financeiras pagam para captar dinheiro junto ao mercado, subiu exatamente 0,3 ponto no mesmo período. No fim das contas, o aumento da captação anulou o efeito do spread menor.

Altamir não se comprometeu com a hipótese de queda dos juros nos próximos meses. Segundo ele, deve pesar a expectativa dos agentes econômicos para o aumento da taxa Selic em breve, fato que tem elevado o custo de captação das instituições financeiras.

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