Economia

BC japonês pode antecipar compras ilimitadas de ativos

Banco também avalia estabelecer uma nova meta para comprar títulos de prazo maior em sua reunião na próxima semana


	Homem passa em frente à sede do Banco do Japão: banco irá revisar sua política em 3 e 4 de abril, a primeira reunião liderada pelo novo presidente Haruhiko Kuroda
 (REUTERS/Yuya Shino)

Homem passa em frente à sede do Banco do Japão: banco irá revisar sua política em 3 e 4 de abril, a primeira reunião liderada pelo novo presidente Haruhiko Kuroda (REUTERS/Yuya Shino)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2013 às 10h50.

Tóquio - O Banco do Japão, banco central do país, deve iniciar as compras ilimitadas de ativos imediatamente, ao invés de fazê-las em 2014, e avalia estabelecer uma nova meta para comprar títulos de prazo maior em sua reunião na próxima semana, afirmaram fontes, em uma demonstração de resolução para reanimar a economia.

O banco central vai revisar sua política em 3 e 4 de abril, a primeira reunião liderada pelo novo presidente do BC japonês, Haruhiko Kuroda, que tem a determinação do primeiro-ministro Shinzo Abe para tomar ações audaciosas com o objetivo de tirar o Japão de quase duas décadas de deflação.

Kuroda disse que o BC vai buscar diminuir os rendimentos ao longo da curva ao comprar títulos de prazo mais longo, e que vai agir com rapidez para atingir a meta de inflação do banco de 2 por cento em dois anos.

Fontes familiares com o modo de pensar do BC japonês afirmaram ser provável que o banco aumente a quantidade de ativos que compra e amplie o vencimento dos títulos para cinco anos ou mais, ante três anos atualmente.

"Se o Banco do Japão tiver que aumentar a compra de ativos, ele provavelmente vai mirar títulos governamentais de prazo maior", disse uma fonte. As fontes falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Ao fazer isso, o BC deve optar por compras ilimitadas de ativos imediatamente, em vez de aguardar para data inicial original de 2014.

A política atual determina um limite de injeção na economia de 101 trilhões de ienes (1 trilhão de dólares) até o final deste ano através da compras de ativos e programas de empréstimos.

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