BC inglês teme impacto de problemas da zona do euro
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, o banco central do país), Mervyn King, destacou um novo obstáculo para as perspectivas econômicas do Reino Unido: o risco de uma recuperação mais fraca do que a esperada em seu principal parceiro comercial, a zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda). […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, o banco central do país), Mervyn King, destacou um novo obstáculo para as perspectivas econômicas do Reino Unido: o risco de uma recuperação mais fraca do que a esperada em seu principal parceiro comercial, a zona do euro (grupo dos 16 países que adotam o euro como moeda). Como a disponibilidade de crédito no Reino Unido permanece fraca e acredita-se que tanto o setor público como o privado britânicos implementarão reduções nos gastos, o BoE esperava que a demanda externa tivesse um papel importante na recuperação do país, impulsionada pela desvalorização da libra.
King observou que até agora não houve muito aumento no comércio líquido, apesar da depreciação da libra, mas acrescentou que acredita que isso vai acontecer no momento certo. Os comentários de King foram feitos depois que indicadores mostraram que os gastos com consumo na França caíram 2,7% em janeiro ante dezembro, mais do que o esperado.
Dívida
King afirmou também que as condições do Reino Unido são muito diferentes daquelas da Grécia. A dívida pública britânica tem prazo de vencimento muito mais longo que o de outras economias - quase o dobro da de qualquer outro país -, observou King. Segundo o presidente do BoE, o reparo das finanças dos setores público e privado do Reino Unido vai gerar uma considerável redução dos gastos na economia britânica. King reconheceu que vai ser difícil cortar os gastos do governo rapidamente, mas reiterou que há necessidade de um plano claro para isso.
As informações são da Dow Jones