Economia

BC do Japão mantém foco em impressão de dinheiro

Vice-presidente Kikuo Iwata expôs divergências sobre a melhor forma de reverter a deflação do país

Kikuo Iwata: "gostaria de enfatizar que o banco central continuará expandindo a base monetária no futuro segundo sua nova estrutura de política monetária" (REUTERS/Toru Hanai)

Kikuo Iwata: "gostaria de enfatizar que o banco central continuará expandindo a base monetária no futuro segundo sua nova estrutura de política monetária" (REUTERS/Toru Hanai)

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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 10h44.

Nagasaki - O vice-presidente do banco central do Japão Kikuo Iwata afirmou que o Banco do Japão não tirou seu foco do ritmo da impressão de dinheiro, contradizendo a visão do presidente e expondo divergências sobre a melhor forma de reverter a deflação do país.

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse que o banco central pode desacelerar o ritmo de impressão de dinheiro se puder atingir suas metas para a taxa de juros, estabelecidos sob a reforma da política monetária realizada em setembro, com menos compras de ativos.

Mas Iwata, que está entre os defensores da impressão agressiva de dinheiro no conselho formado por nove membros, minimizou a visão de que o Banco do Japão está colocando menos ênfase na injeção de dinheiro, enfatizando que o banco permaneceempenhado em usar tanto os cortes nos juros quanto as compras de ativos como ferramentas para reanimar a economia.

"Gostaria de enfatizar que o banco central continuará expandindo a base monetária no futuro segundo sua nova estrutura de política monetária", disse Iwata a líderes empresariais em Nagasaki, na quarta-feira.

"Alguns argumentam que o foco da política monetária do Banco do Japão mudou da quantidade (de compras de ativos) para as taxas de juros sob a nova estrutura. Mas tal entendimento é inadequado".

A diferença de visão entre Kuroda e Iwata, um de seus dois vice-presidentes, pode complicar a tarefa do banco central de comunicar suas intenções de política monetária aos mercados, no momento em que encontra dificuldades para reanimar o crescimento com suas opções de política monetária cada vez mais escassas.

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