Economia

BC do Japão adverte sobre bolha de crédito

Presidente do BC, Masaaki Shirakawa defendeu a decisão de não definir um prazo para atingir a meta de 2 por cento de inflação

Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio: (Kamoshida/Getty Images)

Sede do Banco do Japão (BoJ) em Tóquio: (Kamoshida/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2013 às 11h33.

Tóquio  O presidente do Banco do Japão (banco central), Masaaki Shirakawa, alertou para os esforços para impedir a criação de bolhas de crédito que estão entre as principais tarefas dos bancos centrais do mundo.

O comentário foi feito depois de Shirakawa reafirmar o compromisso do BC de ampliar a flexibilização monetária e do conselho do BC ter admitido a análise de propostas consideradas mais drásticas.

O Banco do Japão pode adotar medidas ainda mais ousadas em abril quando Shirakawa encerra o seu mandato. "O banco está buscando uma flexibilização da política monetária sem interrupção", disse ele em uma entrevista na sexta-feira, repetindo a promessa do banco para manter sua política ultra-frouxa.

"O Japão pode estar enfrentando oportunidade agora para a emergir da estagnação. Queremos manter vivo esse momento", disse Shirakawa explicando por que os estímulos monetários foram expandidos na terça-feira.

Shirakawa defendeu a decisão de não definir um prazo para atingir a meta de 2 por cento de inflação, argumentando que estava de acordo com a norma mundial de adoção de uma inflação flexível sem se comprometer com um prazo definido.

"É importante orientar a política de forma flexível, examinando não apenas as perspectivas econômicas e de preços, mas vários riscos como os desequilíbrios financeiros", argumentou Shirakawa.

"As taxas de juro de longo prazo vão subir e corroer o efeito da flexibilização da política monetária se as pessoas perceberem que o BC mudou o rumo para uma política imprudente de compra de bônus apenas para alcançar a meta de inflação de 2 por cento", acrescentou.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCréditoJapãoPaíses ricos

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor