Economia

BC do Japão acena para um estímulo monetário mais ousado

Vice-presidente do Banco do Japão deu o sinal mais forte de que adotará maiores estímulos para alcançar a nova meta de inflação de 2%


	Sede do Banco do Japão em Tóquio: autoridade descartou as críticas globais de que o banco central estaria enfraquecendo intencionalmente o iene
 (REUTERS/Yuya Shino/File)

Sede do Banco do Japão em Tóquio: autoridade descartou as críticas globais de que o banco central estaria enfraquecendo intencionalmente o iene (REUTERS/Yuya Shino/File)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 10h40.

 Nagasaki/Tóquio - Um vice-presidente do Banco do Japão, banco central do país, deu o sinal mais forte até agora de que a autoridade monetária irá adotar de maneira ousada mais estímulo se necessário para alcançar a nova meta de inflação de 2 por cento.

O vice-presidente Hirohide Yamaguchi descartou as críticas globais de que o banco central estaria enfraquecendo intencionalmente o iene através de afrouxamento monetário, destacando que nunca tem como alvo deliberado a taxa de câmbio.

"Não vou descartar a chance de nosso afrouxamento afetar indiretamente os movimentos cambiais e enfraquecer o iene. Mas não adotamos medidas políticas com o objetivo de afetar diretamente a taxa de câmbio", disse ele em entrevista à imprensa após encontro com executivos em Nagasaki nesta quinta-feira.

As declarações dele foram feitas depois de o primeiro-ministro, Shinzo Abe, ter afirmado sobre o debate que as medidas de estímulo fiscal e monetário do Japão têm o objetivo de superar a deflação, não de manipular movimentos cambiais.

A promessa de Abe de estímulo fiscal e monetário ousado ajudou a derrubar o iene, dando suporte à economia dependente das exportações.

Neste mês, o BC dobrou sua meta de inflação para 2 por cento e adotou um compromisso ilimitado de comprar ativos no próximo ano, respondendo à intensa pressão de Abe por esforços para derrotar a deflação.

Yamaguchi disse que o compromisso ilimitado mostra a determinação do banco em manter sua política monetária ultrafrouxa sem interrupção, sugerindo que mais estímulo monetário acontecerá através de compras de mais ativos financeiros, em vez de mudanças periódicas nas taxas de juros.

"Agora é uma boa chance para o Japão acabar com a deflação", disse Yamaguchi. "Não devemos perder essa janela de oportunidade."

Acompanhe tudo sobre:Países ricosÁsiaJapãoInflaçãoPolítica monetária

Mais de Economia

Salário mínimo ideal é quase 5x maior do que valor de 2026, diz DIEESE

Com manutenção da Selic, Brasil segue com 2º maior juro real do mundo

BC mantém a Selic em 15% ao ano na última reunião de 2025

Petroleiros da Petrobras aprovam greve a partir de segunda-feira