Portugal: em novembro, a previsão era que a economia portuguessa fosse registrar retração de 1,6% neste ano (Marcel Salim/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 17h31.
Lisboa - O banco central de Portugal informou nesta terça-feira que o resultado da economia este ano será pior do que o previsto há dois meses, mas que a economia deve começar a melhorar no fim do ano e voltar a crescer em 2014. O Banco de Portugal agora prevê que a economia vai contrair 1,9% este ano, mais do que os 1,6% previstos em novembro. A instituição também revisou o crescimento das exportações para baixo, de 5% para 2%.
Segundo o banco central, a economia se recuperará a partir do final do ano e crescerá 1,3% em 2014, desde que o governo introduza novas medidas de austeridade este ano. Os número divulgados pela instituição são ainda mais distantes da previsão do governo para este ano, de contração de 1%.
Portugal está em recessão desde 2011, quando buscou com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) um resgate no valor de 78 bilhões de euros (US$ 99,8 bilhões), que termina em 2014. Desde então, o governo tem se comprometido com cortes de gastos e aumentos de impostos para combater seu déficit orçamentário.
Para 2013, o primeiro-ministro do país, Pedro Passos Coelho, anunciou um pacote de austeridade focado no aumento das alíquotas de imposto de renda. Esse aumento, que havia sido anunciado em novembro, deve elevar a arrecadação do governo em 30% este ano, para ajudar a reduzir o déficit orçamentário para 4,5% do PIB.
O Banco de Portugal afirmou que a austeridade vai levar a uma queda no consumo privado de 3,6% este ano, após um recuo de 5,5% em 2012. A demanda interna vai afundar 4% este ano após cair 6,9% em 2012. Ambas devem se recuperar em 2014, segundo a instituição.
O banco central disse que reduziu suas expectativas para as exportações por causa de uma desaceleração na zona do euro, mas que elas vão se recuperar em 2014, quando devem crescer 4,8%. Atualmente, cerca de dois terços das exportações portuguesas vão para a zona do euro, sendo que a Espanha é o principal mercado do país. As informações são da Dow Jones.