Economia

BC: crédito deve ter maior dinamismo nos próximos trimestres

Segundo o Banco Central, o motivo dessa dinamização é a queda de juros e da inadimplência

Banco Central: ainda assim o crescimento global deve permanecer baixo por tempo prolongado (Divulgação/Banco Central)

Banco Central: ainda assim o crescimento global deve permanecer baixo por tempo prolongado (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2012 às 12h24.

Brasília – A economia global deve ter baixo crescimento “por um período de tempo prolongado”, segundo análise do Banco Central (BC) divulgada hoje (28) no Relatório de Inflação.

“Neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação e, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária”, avalia o BC.

O Banco Central cita “o aprofundamento da crise europeia, a desaceleração na China e os temores quanto à sustentabilidade da recuperação da economia dos Estados Unidos da América”.

Segundo o BC, no Brasil, “embora a recuperação venha se materializando de forma bastante gradual”, a atividade tende a ter uma aceleração nos próximos trimestres.

O relatório acrescenta que os efeitos da crise econômica externa somados à moderação da atividade econômica no Brasil foram maiores do que se antecipava. Segundo o BC, os efeitos da crise externa no país são transmitidos pela piora na confiança dos empresários, redução dos fluxos de comércio exterior e dos investimentos.

Por outro lado, o relatório destaca que a atividade econômica será favorecida pelas transferências de recursos públicos, pelo “vigor” do mercado de trabalho, com taxas de desemprego “historicamente baixas” e crescimento dos salários. O BC também avalia que as reduções da taxa básica de juros, a Selic, desde agosto do ano passado, ainda irão gerar efeitos de estímulos à economia. “As ações de política monetária levam certo tempo para afetar atividade [e a inflação], e os impactos de uma sequência de ações vão se sobrepondo no tempo”, diz.

No relatório, o Banco Central reforça que “mesmo considerando que a recuperação da atividade vem ocorrendo mais lentamente do que se antecipava, o Copom [Comitê de Política Monetária] entende que, dados os efeitos cumulativos e defasados das ações de política implementadas até o momento, qualquer movimento de flexibilização monetária adicional [redução da Selic] deve ser conduzido com parcimônia”.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCréditoCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoMercado financeiro

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com equipe econômica para discutir bloqueios no Orçamento deste ano

CCJ do Senado adia votação da PEC da autonomia financeira do BC

Por que Países Baixos e Reino Unido devem perder milionários nos próximos anos?

STF prorroga até setembro prazo de suspensão da desoneração da folha

Mais na Exame