BC: aumentos de salários são risco para dinâmica de preços
Segundo análise do Banco Central, a perspectiva de aumento salarial representa risco para a trajetória da inflação
Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2011 às 10h40.
Brasília – Os aumentos salariais oferecem riscos para a trajetória da inflação, segundo análise do Banco Central (BC), divulgada no Relatório Trimestral de Inflação, hoje (29). No relatório, o BC avalia como “um risco muito importante para a dinâmica dos preços ao consumidor” a perspectiva de aumento dos salários dos trabalhadores. O Banco Central lembra que haverá concentração de negociações salariais no segundo semestre, “quando a inflação acumulada em 12 meses se encontrará em níveis próximos ao limite superior do intervalo de tolerância [6,5%]”.
Entretanto, o BC destaca que a inflação em 12 meses tende a recuar a partir do último trimestre deste ano. “Além disso, os aumentos previstos para o salário mínimo nos próximos anos podem impactar direta e/ou indiretamente a dinâmica dos preços ao consumidor.”
O Banco Central destaca ainda que “o aquecimento no mercado de trabalho leve à concessão de aumentos reais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade, o que, de acordo com algumas evidências disponíveis, aparentemente tem ocorrido em certos setores”.
Segundo o BC, em ambiente de demanda por produtos e serviços aquecida, aumentos de salários tendem a ser repassados aos preços ao consumidor. No relatório, a autoridade monetária também avalia que há “resistências importantes à queda da inflação no Brasil”. “Mecanismos de indexação de preços, mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da inflação às flutuações da demanda”.
No cenário externo, o principal risco inflacionário decorre do comportamento dos preços das commodities (produtos primários) nos mercados internacionais. Entretanto, segundo o BC, desde o último relatório, em março, esse risco diminuiu, “embora a perspectiva para a evolução dos preços das commodities nos mercados internacionais, inclusive petróleo, ainda se apresente envolta em incerteza”.
Segundo o relatório, “o menor otimismo quanto ao ritmo de crescimento da economia mundial contribuiu para interromper a escalada dos preços das commodities e para reduzir a possibilidade de ocorrência de nova rodada de aumentos significativos”.
Brasília – Os aumentos salariais oferecem riscos para a trajetória da inflação, segundo análise do Banco Central (BC), divulgada no Relatório Trimestral de Inflação, hoje (29). No relatório, o BC avalia como “um risco muito importante para a dinâmica dos preços ao consumidor” a perspectiva de aumento dos salários dos trabalhadores. O Banco Central lembra que haverá concentração de negociações salariais no segundo semestre, “quando a inflação acumulada em 12 meses se encontrará em níveis próximos ao limite superior do intervalo de tolerância [6,5%]”.
Entretanto, o BC destaca que a inflação em 12 meses tende a recuar a partir do último trimestre deste ano. “Além disso, os aumentos previstos para o salário mínimo nos próximos anos podem impactar direta e/ou indiretamente a dinâmica dos preços ao consumidor.”
O Banco Central destaca ainda que “o aquecimento no mercado de trabalho leve à concessão de aumentos reais dos salários em níveis não compatíveis com o crescimento da produtividade, o que, de acordo com algumas evidências disponíveis, aparentemente tem ocorrido em certos setores”.
Segundo o BC, em ambiente de demanda por produtos e serviços aquecida, aumentos de salários tendem a ser repassados aos preços ao consumidor. No relatório, a autoridade monetária também avalia que há “resistências importantes à queda da inflação no Brasil”. “Mecanismos de indexação de preços, mesmo que informais, reduzem a sensibilidade da inflação às flutuações da demanda”.
No cenário externo, o principal risco inflacionário decorre do comportamento dos preços das commodities (produtos primários) nos mercados internacionais. Entretanto, segundo o BC, desde o último relatório, em março, esse risco diminuiu, “embora a perspectiva para a evolução dos preços das commodities nos mercados internacionais, inclusive petróleo, ainda se apresente envolta em incerteza”.
Segundo o relatório, “o menor otimismo quanto ao ritmo de crescimento da economia mundial contribuiu para interromper a escalada dos preços das commodities e para reduzir a possibilidade de ocorrência de nova rodada de aumentos significativos”.