Economia

BBVA não precisará de ajuda financeira europeia

O anúncio foi feito pela segunda entidade financeira da Espanha no dia em que o país oficializou seu pedido de ajuda à Eurozona

Segundo conselheiro do BBVA, os bancos Santander e CaixaBank também não precisam de capital adicional
 (Lluis Gene/AFP)

Segundo conselheiro do BBVA, os bancos Santander e CaixaBank também não precisam de capital adicional (Lluis Gene/AFP)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 12h51.

Santander - O Banco Bilbao Vicaya Argentaria (BBVA), segunda entidade financeira espanhola, não precisará de ajuda europeia, afirmou nesta segunda-feira seu conselheiro delegado, Angel Cano, no mesmo dia em que a Espanha oficializou seu pedido de ajuda à Eurozona.

Até agora, o BBVA "não precisou e continua sem precisar de nenhum tipo de ajuda", afirmou Cano, em um encontro com jornalistas em Santander (Cantábria, norte).

"O sistema financeiro espanhol é liderado por entidades sólidas", acrescentou Cano, depois que na última quinta-feira duas auditorias independentes afirmaram que os bancos espanhóis precisariam de um máximo de 62 bilhões de euros para enfrentar uma deterioração da situação econômica.

E "as três principais entidades financeiras do país, Santander, BBVA e CaixaBank, não precisam de capital" adicional, disse.

Estas declarações chegam no mesmo dia em que a Espanha oficializou seu pedido de ajuda financeira para seus bancos à Eurozona, que se comprometeu a emprestar até um máximo de 100 bilhões de euros.

O montante exato da ajuda, assim como suas condições, serão definidos na próxima reunião do Eurogrupo, no dia 9 de julho, em um momento no qual a Eurozona vive uma profunda crise de confiança por parte dos investidores.

"Os especuladores, todos os que apostam pela ruptura do euro, estão equivocados", acrescentou Cano, para quem "a continuidade do euro não admite discussão".

Segundo o conselheiro delegado do BBVA, "o futuro da Europa não passa por uma ruptura do euro, e sim por mais Europa".

Cano defendeu uma "união fiscal, política e bancária" com "um supervisor único para todo o sistema financeiro" e "um fundo de garantia de depósitos para todos".

"Talvez a Europa esteja em seu momento mais vulnerável", mas a "Europa vai sair desta situação" se houver "vontade política para sair da crise", concluiu.

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