Economia

BB descarta ampliação de crédito para compensar crise

Segundo o presidente do banco, objetivo do governo é aumentar o financiamento apenas para o setor produtivo

Agência do BB no Rio: governo não quer aumentar o financiamento para o consumo (Fernando Lemos/VEJA Rio)

Agência do BB no Rio: governo não quer aumentar o financiamento para o consumo (Fernando Lemos/VEJA Rio)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2011 às 17h50.

Brasília – O agravamento da crise financeira internacional não deve exigir a expansão da oferta de crédito dos bancos públicos, disse hoje (16) o presidente do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine. Segundo ele, o governo está empenhado em ampliar apenas os financiamentos para o setor produtivo, não para o consumo.

Ao chegar ao Ministério da Fazenda, para reunião com o ministro Guido Mantega, Bendine afirmou que a crise econômica atual é diferente da de 2008, quando o crédito secou em nível global e fez governos de todo o mundo injetar dinheiro na economia. “A crise de agora não vai demandar oferta mais forte de crédito. Caso haja necessidade, o banco [Banco do Brasil] tem capital suficiente para fazer uma ação mais forte, mas não é o que estamos prevendo no momento”, disse.

Bendine confirmou as projeções do Banco do Brasil que revisou para baixo as estimativas de crescimento do crédito em 2011, em balanço recentemente divulgado. “Para o crédito total, a previsão era de 20% [de crescimento], mas revimos para 15% a 17%”, ressaltou.

Em relação ao crédito para o consumo, Bendine estimou que os empréstimos devem fechar o ano com crescimento entre 17% e 18%, três pontos percentuais a menos que o estimado anteriormente. Segundo ele, somente o crédito para o setor produtivo continuará a crescer em 2011, encerrando o ano com tendência de expansão de 18%.

Apesar de o Plano Brasil Maior, nova política industrial lançada pelo governo há duas semanas, prever a convergência dos financiamentos públicos para a indústria, o presidente do BB afirmou que ainda não existe nada fechado sobre como o governo agirá para igualar as taxas de juros e as condições das linhas de crédito oferecidas pelos bancos públicos.

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