A China é o maior exportador do mundo (Daniel Berehulak/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 20 de fevereiro de 2011 às 09h51.
São Paulo - O governo se prepara para anunciar, ainda este mês, medidas para proteger a indústria contra a enxurrada de produtos chineses que invadiu o mercado nacional.
Porém, essa proteção não será geral e irrestrita. Ainda que boa parte das reclamações da indústria encontre respaldo no Palácio do Planalto, os mesmos que acenam com mudanças no tratamento dispensado aos chineses também reconhecem que algumas das dificuldades das empresas brasileiras são decorrentes de problemas locais.
Além disso, as defesas não podem fechar as portas para o maior comprador de produtos brasileiros do planeta. O desafio não é trivial.
O Ministério do Desenvolvimento e o Itamaraty terão de trabalhar em perfeita sintonia para atender, simultaneamente, os que penam com a concorrência chinesa e aqueles que se beneficiam do desempenho da segunda maior economia do mundo.
De acordo com fontes consultadas pelo Estado no Planalto, no Ministério do Desenvolvimento e no Itamaraty, os entraves nas relações comerciais entre os dois países ainda são pequenos diante da “brutal oportunidade” que o mercado chinês representa para as empresas brasileiras.
Uma das preocupações do Itamaraty é não transformar os chineses numa espécie de bode expiatório das dificuldades da indústria nacional. “A China gera problemas, mas não podemos dizer que todos os nossos problemas são provenientes da China”, explica uma das fontes envolvidas nas discussões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.