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Bancos são lenientes com lavagem de dinheiro, diz Barbosa

Para o presidente, as instituições financeiras servem de meio para ocultar valores sob sua responsabilidade

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 11 de março de 2013 às 18h13.

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, afirmou hoje que os bancos são lenientes no controle de operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Barbosa é o relator do processo julgado no segundo semestre de 2012 que resultou na condenação de 25 pessoas acusadas de envolvimento com o mensalão, 21 delas por lavagem de dinheiro.

"De fato, enquanto instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem punidas por servirem de meio para ocultar valores sob sua responsabilidade, existirá a busca do lucro, visto como combustível sobre o controle leniente que os bancos fazem da abertura de contas e transferências", disse Barbosa ao discursar na abertura de um seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.

Também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa afirmou que a ocultação de valores tem de ser "veementemente" reprimida. Ele disse que há uma diferença grande entre as denúncias oferecidas pelo Ministério Público e as arquivadas pelo Judiciário.

"O número de inquéritos arquivados, quando comparado ao número de denúncias aceitas, indica que é necessária apuração para saber seas discrepâncias estão na deficiência da investigação ou no trabalho executado pelo Ministério Público", declarou.

Dados divulgados pelo CNJ sobre o combate à lavagem de dinheiro mostram que no ano passado foram recebidas menos denúncias do que em 2011. Já os arquivamentos de 2012 superaram os do ano anterior. Os tribunais julgaram 61 processos no ano passado. Em 2011, foram 183.

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"De fato, enquanto instituições financeiras não visualizarem a possibilidade de serem punidas por servirem de meio para ocultar valores sob sua responsabilidade, existirá a busca do lucro, visto como combustível sobre o controle leniente que os bancos fazem da abertura de contas e transferências", disse Barbosa ao discursar na abertura de um seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.

Também presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Barbosa afirmou que a ocultação de valores tem de ser "veementemente" reprimida. Ele disse que há uma diferença grande entre as denúncias oferecidas pelo Ministério Público e as arquivadas pelo Judiciário.

"O número de inquéritos arquivados, quando comparado ao número de denúncias aceitas, indica que é necessária apuração para saber seas discrepâncias estão na deficiência da investigação ou no trabalho executado pelo Ministério Público", declarou.

Dados divulgados pelo CNJ sobre o combate à lavagem de dinheiro mostram que no ano passado foram recebidas menos denúncias do que em 2011. Já os arquivamentos de 2012 superaram os do ano anterior. Os tribunais julgaram 61 processos no ano passado. Em 2011, foram 183.

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