Economia

Bancos esperam queda na inflação e Selic mais alta em 2004

A insistência do Banco Central (BC) em manter os juros básicos da economia em 16,5% ao ano - inalterados desde dezembro - levou os economistas das principais instituições financeiras a elevarem a expectativa da taxa média para 2004 e da taxa no fim do ano. No relatório de expectativas do mercado, organizado pelo BC, verifica-se […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

A insistência do Banco Central (BC) em manter os juros básicos da economia em 16,5% ao ano - inalterados desde dezembro - levou os economistas das principais instituições financeiras a elevarem a expectativa da taxa média para 2004 e da taxa no fim do ano. No relatório de expectativas do mercado, organizado pelo BC, verifica-se o aumento da Selic esperada para dezembro de 13,80% para 13,84% e da média de 15,06% para 15,20%. O relatório aponta a percepção da grande maioria dos analistas e investidores de que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter a mesma posição das últimas reuniões. Ou seja, na reunião desta semana, o Copom deverá deixar a Selic inalterada.

A piora na expectativa quanto à taxa Selic não reflete uma piora nas projeções sobre a inflação para 2004 e para 2005. No relatório, as instituições mostram que esperam um Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2004 menor (5,95%) do que esperavam há quatro semanas. Para 2005, a expectativa é mantida há quatro semanas em 5%.

Ao contrário do que defende o presidente do BC, Henrique Meirelles, a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) sofre com a manutenção dos juros altos, na avaliação das instituições financeiras. Apesar de preverem queda na inflação, manutenção em 4,25% do superávit primário nas contas públicas (receita para pagamento de juros) e superávit da balança comercial crescente (fechando o ano em 23 bilhões de dólares), os bancos entrevistados reduziram a expectativa de crescimento do PIB de 3,68% para 3,56%, em 2004, e de 3,80% para 3,76%, em 2005.

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