Economia

Bancos chineses se preparam para aumento da inadimplência no pós-covid

Cinco dos maiores bancos estatais anunciaram as maiores quedas no lucro em pelo menos uma década

Pandemia em Wuhan: contaminação começou na cidade e se espalhou pelo mundo, afetando economia global (Aly Song/Reuters)

Pandemia em Wuhan: contaminação começou na cidade e se espalhou pelo mundo, afetando economia global (Aly Song/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2020 às 16h43.

Última atualização em 30 de agosto de 2020 às 18h37.

Quatro dos cinco maiores bancos estatais da China disseram que aumentaram suas provisões contra dívidas inadimplentes para se preparar contra perdas futuras devido ao impacto global da pandemia do coronavírus.

Todos os cinco relataram suas maiores quedas nos lucros em pelo menos uma década e destacaram aumento nos empréstimos inadimplentes ao anunciar seus resultados semestrais neste domingo e na semana passada.

Os resultados destacam o impacto da pandemia e da desaceleração econômica sobre os bancos chineses, que no primeiro trimestre contrariaram a tendência global com lucros maiores e estabilidade nos empréstimos inadimplentes.

O Banco Agrícola da China disse que "espera-se que o impacto da epidemia e o risco de incerteza sejam mais transmitidos ao setor bancário", em seus resultados semestrais neste domingo.

O China Construction Bank Corp (CCB), o segundo maior credor do país em ativos, disse que planeja avaliar os riscos de crédito e aumentar as provisões, assim como declarou o Banco da China.

Ainda mais diretamente, o Banco de Comunicações da China disse na sexta-feira que aumentou "as provisões para conter o impacto futuro da pandemia".

Enquanto a pandemia atinge as economias em todo o mundo, o Banco da China, o mais internacional dos grandes bancos estatais do país, disse que continuará se protegendo contra os riscos do mercado financeiro global no segundo semestre.

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